Malafaia, o censor
Jehozadak Pereira (26/07/2008)
Só ontem recebi a Veja de duas semanas atrás, e e li o sabão que a revista passou no Silas Malafaia, que depois do “Passando o Manto” mandou que ouvintes seus escrevessem para a redação reclamando de um artigo publicado.
É realmente uma pena que 1.452 pessoas tenham dado ouvidos a este mercador de livros medíocres que ele diz que escreve terem reclamado. Silas quer ter o poder de um censor e se pudesse extirpava tudo aquilo que não o agrada da imprensa.
Aliás, ele quer posar de coerente, mas o que lhe sobra são incoerências tantas que vale a pena lembrar só de algumas. Quando resolveu apoiar o tal do Garotinho, meteu o pau no então candidato Lula, para pouco depois quando o seu candidato ter perdido a eleição, apoiar “incondicionalmente” o futuro presidente da república. Claro que sem nenhum interesse.
Uma vez foi falar numa igreja em Boston e diante da oferta que recebeu, derramou-se em elogios ao líder da igreja de um modo desconcertante. Tempos depois quando as coisas por lá tomaram outro rumo, foi o primeiro a desancar o homem. Só que quando ele - Silas, esteve pregando lá, as coisas já não iam bem, e o seu faro de “profeta” falhou, afinal importava era a grana que logicamente não foi devolvida, pois a fisiologia do reverendo é a mesma do lagarto - jamais vomitar o que come.
Quem não se lembra dele - Silas, falando mal do G12 e do Terranova? Pois bem, quem é o mais novo amiguinho dele? Bingo! Acertaram! Até pregaram juntos no tal do “Passando o Manto”. Poderia escrever outras dezenas de contradições de Malafaia, mas penso que por enquanto estas bastam.
Outro dia mesmo, falou mal do Edir Macedo e da IURD e foi solenemente ignorado. Ele disse que estava falando “em amor”, mas na realidade foi ingênuo o tempo todo ao não ver onde o bispo Macedo chegaria, ou melhor, o seu faro de “profetão” falhou de novo.
Tempos atrás ele pregou na igreja onde eu congrego, e foi uma mensagem tão ordinária, tão fraquinha, tão xinfrim que fiquei com pena das pessoas que estavam lá. Ele perdeu, ou melhor, tomou mais tempo tentando vender seus livros porcarias, do que falando para a edificação do povo.
Agora resolve atacar a Veja, em mais uma atitude incoerente da sua parte, entre tantas que já teve ao longo da vida.
Claro que a questão do homossexualismo é delicada e meu ponto de vista é sempre o bíblico, mas querer colocar a Veja como inimiga dos cristãos é o fim da picada, além de ser uma manipulação terrível, tal como ele faz com a Globo, xinga, xinga, xinga, mas morre de vontade de pregar lá.
Quer maior incoerência do que esta?
PS: Uma coisa chamou minha atenção. Já repararam que o reverendo se gaba de ser a “voz” dos evangélicos no Brasil, não conseguiu eleger o Garotinho a presidente e quando “ordena” que o “seu” povo entulhe a Veja de cartas e e-mails, somente mil e poucos gatos pingados o fazem? Será que com todo o seu “prestígio” ele conseguiria eleger o síndico de um prédio?
"Voz dos evangélicos do Brasil" ou voz de uma dúzia de centenas. Para um país com aproximadamente 190 milhões de habitantes e com aproximadamente 15% desta população se dizendo cristão (aprox. 29 milhões), Malafaia teria que ter arrebanhado um nº bem superior aos 1.452 que protestaram contra a Veja a pedido do pastor. Detalhe: ainda tratam os evangélicos do Brasil como um grupo coeso, e não somos; também não gosto da Veja devido a sua visão ultradireitista, mas não perco meu tempo enviando email para ela; e o Mala deveria delimitar o seu público e parar de generalizar.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
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