As Crônicas de Gelo e Fogo

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

'pequeno clube de São Paulo'

CNN chama Corinthians de 'pequeno clube de São Paulo'



“O Manchester City paga a Tevez US$ 21 milhões por ano, mais ou menos quanto Derek Jeter (jogador de beisebol que atua nos EUA) ganha. E isso é apenas o salário. Adicione a isso endossos multimilionários. Vocês ficarão surpresos ao saberem que está tentando comprar Tevez. Não são sheiks ou oligarcas, mas um pequeno clube de São Paulo, Brasil - o Corinthians. Eles ofereceram US$ 55 milhões para trazê-lo. E esta quantia é só para a sua compra”, diz parte do artigo.

Zakaria elogia muito o Brasil, o ex-presidente Lula e diz que a contratação de Tevez "é mais um sinal de um crescente e poderoso Brasil, não apenas no futebol, mas em muitos campos”, afirmou.


Veja o artigo original em inglês

sábado, 7 de maio de 2011

Religião se discute?

Eu sempre acreditei que religião e time de futebol são coisas que não se discutem, são assuntos que devem simplesmente ser respeitados. Hoje, depois de ver tantas contradições, resolvi trazer esse debate. Acredito que a discussão seja importante, sim, até para qualificar melhor as nossas decisões e opções.


Tenho visto muitas pessoas escondendo ou mentindo sobre suas religiões quando o censo bate em suas portas. Vejo também muitas pregando as suas ideologias e sendo criticadas por isso, por tentarem arrebanhar mais adeptos para suas crenças. Existe contradição nisso? Não seria natural tentar levar todos para o lugar que você considera um paraíso ?

Para evitar especulações digo logo qual é a minha. Sou católico apostólico romano fervoroso, porém não praticante. Aliás, nem lembro de ter praticado algum dia. Minha mãe, apesar de espírita no passado, nos batizou na igreja católica porque sempre acreditou que quem não tem padrinho morre “pagão”, era exatamente assim que ela dizia, e ainda diz.

O casamento é um ótimo exercício para essa reflexão. Muitas pessoas têm o sonho de casar na igreja, as mulheres vestidas de noiva com toda pompa e circunstância, mas o certo não seria ser parte da comunidade religiosa dessa igreja?

Outra questão que precisa ser discutida são as tensões entre as religiões. Pois apesar do discurso de tolerância temos que entender que fica muito difícil tolerar aquilo que você tem por principio combater. É o caso das regiões que tentam exorcizar os demônios do corpo de outros religiosos. Porém esses outros religiosos acreditam que suas entidades são tão sagradas quantos as imagens ou livros dos seus combatentes. E aí, irmão, não tem acordo. Ou tem?

Você como protestante deixaria seu filho brincar na casa de uma outra criança cujos pais sejam umbandistas ou ligados ao candomblé? Se fosse o contrário, você permitiria?

É comum evangélicos empregarem pessoas de outras religiões? Ou os não evangélicos darem oportunidades para os protestantes?

Seja quais forem as respostas, a tolerância religiosa não deve vir por medida provisória.

Em uma época em que nações inteiras são destruídas em nome de religiões, acredito que a discussão sobre elas não pode ter como objetivo desqualificar o outro ou simplesmente converter, mas consolidar as ideias e ideais.

Discutir, por exemplo, o impacto de algumas religiões que educam seus filhos e adeptos a acreditarem que os gays constituem um câncer social é uma forma de avançarmos socialmente. Discutir sobre religiões que oferecem o corpo de crianças para suas entidades é fundamental para a compreensão de alguns mitos pois consolida a construção de todo o nosso coletivo, para o bem e para o mal. A relevância do debate sobre religiões existe porque elas continuam sendo parâmetro de felicidade até para quem não se identifica com nenhuma.

Se você acha que eu só falei bobagem aqui, então essa será mais uma prova de que precisamos discutir esse tema. Vamos?

Por Celso Athayde . 06.05.11 - Yahoo! Notícias.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

‘Gostaria muito de jogar no Brasil’

Entrevista em 16/04/2011.

- Gostaria muito de jogar no Brasil. É um país com tanta história, tantos títulos. Tenho amigos corintianos, palmeirenses, mas claro que sou torcedor do São Paulo porque meu pai jogou lá. Tenho camisa do São Paulo, que é obvamente o time da família.

Diego Forlán, meia-atacante do Atlético de Madrid, da Seleção Uruguaia e, quem sabe, num futuro bem próximo, do São Paulo FC.



Para o SporTV Reporter, no GloboEsporte.com.

domingo, 3 de abril de 2011

Parabéns, Gênio!

Uma semana depois do grande feito, da transformação do mito Rogério Ceni na lenda Goleiro-Artilheiro, posto este texto do Flávio Prado, da Gazeta Esportiva:




Que seria do mundo senão fossem os gênios? Eles enxergam na frente, enfrentam chacotas, adversidades e no final, mudam a história.


Se, quando eu comecei no Jornalismo, alguém me dissesse que eu veria um gol de goleiro, eu já teria sérias dificuldades para acreditar. Que dirá 100. Quando Higuita e Chilavert lançaram a “moda”, parecia mais uma farra, ou autopromoção, do que coisa para ficar. Um jovem goleiro, que tinha pela frente, na base, um ágil Alexandre e na equipe principal o brilhante Zetti, viu de maneira diferente. Assim são os gênios.


E com muito treino, paciência, vivência, títulos e se destacando naquilo para o qual era, afinal, pago para fazer, grandes defesas, Rogério Ceni foi trabalhando e ganhando excelência. Da aberração inicial, virou rotina para o torcedor do São Paulo vê-lo resolver as partidas com defesas e gols. Quebrou o paradigma.


Até que alguém começou a perceber que uma marca inimaginável estava próxima. E chegou o gol número 100. Não num joguinho qualquer desse fraco Campeonato Paulista. Foi num clássico. No maior dos clássicos da atualidade e, ainda por cima, quebrando um tabu de quatro anos. Aí já faz parte da ajuda Divina para quem sonha, pensa grande, acredita no sonho e transforma o impossível em algo paupável. Rogério Ceni é o maior jogador da história do São Paulo, o que por si só já é uma conquista incrível. E também um revolucionário da bola.


A Fifa ainda espera mais dois gols para admitir o centésimo. No entanto, quem se importa com isso, até porque outros gols virão? Viva a revolução e o revolucionário. Parabéns, gênio. A Fifa que vá a merda.




domingo, 27 de março de 2011

Contagem progressiva para o mito R.100ni




Pode sair hoje o centésimo gol do M1to Rogério CEN1, contra a galinhada do fictício Puleirão de Itaquera...

segunda-feira, 14 de março de 2011

São Paulo "Football Club"


Entre os 17 brasileiros que disputarão a temporada da MLS (Major League Soccer, a liga americana de futebol), sete começaram a carreira no São Paulo. O mais velho deles, o meio de campo André Luiz, se destacou no Tricolor Paulista como lateral-esquerdo, ganhando a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1993. Três destes atletas são garotos da base emprestados à MLS.


Fonte: GloboEsporte.com

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Análise Socrática dos Tempos Atuais

Do Mundo Virtual ao Espiritual



Frei Betto


Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.


Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'


Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, só tenho aula à tarde'.


Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei.


'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.


Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'


Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.


Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.


Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!’


Mas como fica a questão da subjetividade?


Da espiritualidade?


Da ociosidade amorosa?


Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual.


Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...


A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.


Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...


Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.


Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.


Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...


Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...


Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:


- "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Gospel e pop, Aline Barros cita a Bíblia contra a pirataria

Autobiografia da cantora religiosa vendeu 50 mil exemplares em três meses.

Para evitar polêmicas, ela não revela os 'artistas seculares' que ouve.


Braulio Lorentz
Do G1, em São Paulo


A capa do livro de Aline Barros (Foto: Divulgação)

A leitura de "Aline Barros - fé e paixão" começa com uma menina que conseguiu vender só um cachorro-quente em um dia de trabalho em uma barraca no Rio de Janeiro. E termina com a discografia comentada da principal cantora gospel do Brasil, graças a 5 milhões de CDs vendidos em 16 anos. Com capítulos pontuados por salmos, a biografia de Aline foi comprada por 50 mil fãs em três meses.


“Coloquei ali dentro princípios que nortearam a minha vida”, explica ela, hoje com 33 anos, em entrevista ao G1. “Eu era uma menina que não imaginava ser cantora. Nunca acreditei que iria brilhar nas primeiras páginas de revistas e nos jornais. Tudo aconteceu naturalmente. Hoje, tenho o respeito de evangélicos, católicos, espíritas... O que atrai as pessoas é o perfume de amor que a gente exala.”


O começo da carreira veio quando tinha 17 anos, com a ajuda de Ricardo Feghali e Cleberson Hortsh, músicos do grupo Roupa Nova. “Eu era muito novinha”, recorda. “Tinha dois aninhos quando os conheci. Chamava de Tio Feghali. Eles eram amigos dos meus pais. Eu me sentia à vontade por trabalhar com eles. Eu já cantava algumas músicas em Igrejas, tocava violão. Eu só queria que me gravassem.”


No livro, Aline não deixa de mencionar o mal que teve em suas pregas vocais. Há oito anos, uma fenda fez com que ela ficasse com 5% da voz. Após o aviso médico de que poderia nunca mais voltar a cantar, passou horas trancada no quarto, aos prantos. “Minha voz foi modificando muito. Até por conta do problema que tive”, lembra. “Nunca tive aula de canto. Eu não tinha muito cuidado. Não me preocupava em aquecer e desaquecer a voz”, lamenta.


Ao falar sobre pirataria, que “afeta todos os artistas”, ela cita uma passagem de outro livro. “Eu oriento as pessoas, digo que é errado. A Bíblia mesmo fala sobre isso: dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Quando você compra algo pirata, não está contribuindo. É errado. Tenho orado bastante para outros meios melhorarem essa questão”, conta.


No fim deste mês, lança o CD “Extraordinário amor de Deus”. “As canções têm o meu dedinho”, avisa. “Cada CD é como se fosse um filho pra mim. Este é uma convocação geral para que pessoas de todas as idades façam a diferença. São 14 faixas, cada uma mais linda do que a outra.”


Entre um lançamento e outro, Aline também se arrisca pelo mundo do streaming. “De vez em quando, eu entro no YouTube para ver o que está acontecendo com a música. Vou a shows. Eu trabalho no meio musical, tenho que ficar antenada para novas tendências”, justifica.


A pesquisa em busca do que está sendo produzido na “música secular”, como chama artistas que não são do universo gospel, perturba alguns. “É complicado citar nomes de bandas e cantoras. Acabo criando polêmica. Tem gente [do meio gospel] que não acha legal. Há pessoas que não aceitam ouvir música secular”, explica.


Só resta, então, especular se Aline prefere Lady Gaga, Marisa Monte, Taylor Swift, Celine Dion ou Shakira.

Jack White conta que já quis ser padre quando era adolescente

Ele disse que chegou a ser admitido em seminário para se tornar sacerdote.

'Eu estava pensando nisso quando tinha 14 anos', revelou o músico.


Do G1

O guitarrista e vocalista Jack White - das bandas The White Stripes, The Raconteurs e The Dead Weather - já quis ser padre, segundo entrevista dada pelo músico à BBC Radio 4 nesta segunda-feira (24).

"Eu estava pensando nisso, quando tinha 14. Possivelmente eu poderia ter tido a vocação para ser padre", contou.

White, que tem 35 anos, já foi coroinha e comparou a vida de músico de blues com a de pastor. "Cantores de blues e pessoas que estão cantando no palco têm os mesmos sentimentos e emoções de alguém que se torna um sacerdote", comentou ele.

O músico cresceu em uma família católica: os pais trabalhavam em uma arquidiocese de Detroit, nos EUA. Antes de escolher a música, chegou a ser admitido em um seminário para se tornar padre, acrescentou White.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Folha Universal" é multada por acusar Xuxa de satanismo

Do Yahoo!OMG!

Rio de Janeiro, 11 jan (EFE).- O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou a Editora Gráfica Universal veiculada a Igreja Universal a pagar R$ 150 mil de indenização por dano moral à apresentadora Xuxa Meneghel por tê-la acusado de satanismo numa reportagem da "Folha Universal".

De acordo com a sentença publicada na segunda-feira, o jornal da igreja fundada pelo bispo Edir Macedo acusou a apresentadora de "satanismo", afirmando que ela teria vendido a alma para o demônio por US$ 100 milhões.

"Toda liberdade deve ser exercida com responsabilidade, o que a Folha Universal parece não saber, embora ironicamente seja um jornal de uma igreja", afirmou a juíza Flávia de Almeida Viveiros de Castro na sentença.

A magistrada qualificou o texto da reportagem como "estapafúrdio" e sua manchete como "sensacionalista" e acrescentou que não contém "nada de informação", mas "especulação".

Além da multa, a Folha Universal terá que publicar um comunicado declarando que "Xuxa afirma que tem profunda fé em Deus e respeita todas as religiões".

'Super-herói' que patrulha Seattle tem nariz quebrado por bandido

Grupo tenta ajudar a combater o crime em Seattle.

Polícia disse que isso já basta, pois alguém pode ser morto.

Do G1, em 11/01/2011.

Um dos integrantes de um grupo de "super-heróis" que tem patrulhado as ruas de Seattle, nos EUA, com o objetivo de tentar ajudar a combater o crime, acabou com o nariz quebrado, segundo reportagem da emissora de TV "Komo News".


Phoenix Jones teve o nariz quebrado por bandido. (Foto: Reprodução)

Phoenix Jones alega que está colocando sua vida em perigo por uma razão e propósito. Mas, no último sábado, depois que ele teve o nariz quebrado por um bandido, a polícia disse que isso já basta, pois alguém pode acabar sendo morto.

A polícia identificou nove pessoas que usam trajes de super-heróis na região de Seattle durante a noite. Phoenix e outros "super-heróis" ficaram famosos na cidade. As pessoas os param na rua para pedir autógrafos. Mas Phoenix disse que não é isso o que o motiva.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fotógrafo 'captura' estação espacial em frente ao Sol na hora do eclipse

Momento em que os três objetos se alinharam durou 0,86 segundo.

ISS viaja a cerca de 28 mil quilômetros por hora no Espaço.

Do G1, em São Paulo


Uma cena rara foi registrada pelo astrofotógrafo Thierry Legault no ultimo dia 4, quando um eclipse parcial pôde ser visto em parte do Hemisfério Norte. No mesmo momento em que a Lua tampava parte do Sol e causava sombra na Terra, ele conseguiu capturar a imagem da Estação Espacial Internacional (ISS) passando em frente ao astro luminoso.

Segundo a Nasa, que divulgou a foto nesta sexta-feira (7) no site “Observatório da Terra”, a ISS ficou em frente ao Sol por apenas 0,86 segundo, já que viaja a cerca de 28 mil quilômetros por hora.


 
(Fotos: Cortesia de Thierry Legault, via Nasa)

Universo não surgiu por acaso e é fruto da criatividade de Deus, diz papa

Algumas teorias científicas são 'mentalmente limitadoras', afirmou Bento XVI.

Declarações foram feitas durante sermão na Missa da Epifania, no Vaticano.


Do G1, com agências internacionais


A mente de Deus esteve por trás de teorias científicas complexas como a do Big Bang, e os cristãos devem rejeitar a ideia de que o universo tenha surgido por acaso, disse o papa Bento XVI nesta quinta-feira (6).

'O universo não é fruto do acaso, como alguns querem que acreditemos', disse Bento XVI no dia em que os cristãos celebram a Epifania, na missa que celebra o batismo de Cristo, no dia em que a Bíblia diz que os três reis magos, seguindo uma estrela, chegaram ao lugar onde Jesus nasceu.

'Contemplando (o universo), somos convidados a enxergar algo profundo nele: a sabedoria do criador, a criatividade inesgotável de Deus', disse o papa em sermão para 10 mil fiéis na Basílica de São Pedro.

Nos casos anteriores em que o papa falou sobre a evolução, ele raramente voltou atrás no tempo para discutir conceitos específicos como o do Big Bang, que cientistas acreditam tenha levado à formação do universo, cerca de 13,7 bilhões de anos atrás.


Pesquisadores do Cern, centro de pesquisas nucleares em Genebra, vêm esmagando prótons juntos em velocidade quase igual à da luz para simular as condições que, acreditam, teriam dado origem ao universo primordial, do qual terminaram por emergir as estrelas, os planetas e a vida na Terra --e possivelmente em outros lugares também.

Alguns ateus afirmam que a ciência pode provar que Deus não existe, mas Bento disse que algumas teorias científicas são "mentalmente limitadoras" porque "chegam apenas até certo ponto ... e não conseguem explicar a realidade última...".

O papa declarou que as teorias científicas sobre a origem e o desenvolvimento do universo e dos humanos, embora não entrem em conflito com a fé, deixam muitas perguntas sem resposta.

"Na beleza do mundo, em seu mistério, sua grandeza e sua racionalidade ... só podemos nos deixar ser guiados em direção a Deus, criador do céu e da terra", disse ele.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O bispo, a igreja e a prosperidade

Há exatos 14 anos e 83 edições a revista Ultimato estampava na capa uma nota de cem dólares. Em preto e branco e sem o auxílio luxuoso de um Photoshop, confesso que fiz. A capa. A matéria trazia o acertado título de “Quase tudo sobre a teologia da prosperidade”. O acerto está no “quase” e não exatamente na matéria. O que era ruim vai ficando pior.


Não é novidade que seções de descarrego, novenas, vale de sal, manto sagrado, entre outras ginásticas litúrgicas, são transmitidas ao vivo diuturnamente pela televisão — tirem as crianças da sala. Pode parecer, mas a onipresente Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) não está sozinha nem é a primeira a recorrer a tal expediente. Naquela edição de 1994, Ultimato perguntava: “Super-crentes ou Super-incrédulos — qual grupo cresce mais?”.

A pergunta continua sem resposta. No entanto, com o lançamento da biografia do fundador e primaz da IURD (“O Bispo — a história revelada de Edir Macedo”, Editora Larousse), os milhares de fiéis e outros nem tanto podem conhecer melhor o que pensa (ou o que pensava) o líder de uma das igrejas que mais crescem no mundo.

Às vésperas do lançamento da sua biografia, em entrevista (para assinantes) à “Folha de S. Paulo”, o dono da Rede Record “revela” um pouco do que se pode ler em sua biografia. No blog O tempora, o mores!, o escritor Solano Portela apresenta algumas considerações sobre a entrevista, especialmente em relação às declarações do bispo sobre aborto, homossexualismo e teologia. Para ele, “estamos testemunhando não uma convergência da IURD com o evangelicalismo, mas um afastamento gradativo ainda maior”. Vale a pena conferir a sua análise do discurso do bispo.

1. Aborto: Não há base bíblica para as convicções éticas. Elas são formadas a partir de slogans e bandeiras sociológicas do liberalismo. Macedo cita a Bíblia apenas uma vez, fora de contexto, para provar um ponto que o texto não procura substanciar. A lógica de Macedo é falsa e traça conexões e ilações que não se sustentam:

a. Macedo afirma que mulheres morrem ao tentar o aborto (essa premissa, é constantemente repetida, mesmo sem comprovação), portanto é legítimo assassinar crianças com tecnologia (conclusão moralmente errada), para que as mães não morram.

b. Ele apresenta as crianças abandonadas como sendo fruto da ausência de aborto, em vez de uma conseqüência da irresponsabilidade dos pais (a sociedade que quer se preservar agirá nesse último ponto, educando todos os cidadãos a serem bons pais; criando oportunidades de sustento e emprego; etc.).

c. Macedo infere que o repúdio ao abandono das crianças, leva necessariamente à aceitação do aborto (conclusão falsa, de que o aborto é a única opção a este mal social, e de que ele é moralmente neutro, e não condenável).

d. Ele acusa que quem é contra o aborto não faz nada pelas crianças abandonadas (afirmação totalmente falsa: historicamente, os grandes orfanatos; os projetos de adoção; a assistência às mães jovens e solteiras foram implantados por segmentos da sociedade que são contra o aborto e não pelos que são a favor). Para Macedo, eliminar as crianças abandonadas, matando-as antes que nasçam seria a solução. Entretanto, essa é a forma mais cruel e imoral de resolver essa situação de abandono.

e. Macedo diz que aborto é igual a planejamento familiar (essa é uma forma asséptica e indolor, de se referir ao aborto, favorita dos seus proponentes, porque anestesia a consciência e torna a questão acadêmica e palatável, em vez de ética. Os dois termos não são equivalentes).

2. Homossexualismo: Edir Macedo, procurando dar a resposta que agrada à mídia, demonstra, na realidade, a própria rejeição que é enraizada em preconceito, porque não tem nem oferece base metafísica maior (bíblica) para sua posição. Quer ser politicamente correto e diz que aceita o homossexualismo, no entanto, ficaria “decepcionado”, se fosse um filho seu; e procuraria “ajudá-lo” (ajudar em que sentido? A ser aceito pelos demais? A se recuperar? Por que, se ele seria “aceitável”?). O cristão que firma suas convicções a partir das Escrituras, da Palavra de Deus, rejeita a prática porque a identifica como pecado, como disfunção de comportamento – e é claro nisso. Não a chama de “livre opção de vida” aceita por Deus, como faz Macedo; mas reconhece como uma “opção de vida” condenada por Deus – como várias outras o são.

3. Cosmovisão da IURD:

a. Visão deista/semi-intervencionista: Ao dizer que as crianças “não vêm pela vontade de Deus” e que “a criança gerada de um estupro” estaria fora do controle de Deus (“Não do meu Deus”, diz ele); e ao segregar a ação de Deus na doação da vida apenas “ao primeiro homem e à primeira mulher” sendo as demais crianças meramente “geradas por estes”; Macedo está na realidade adotando uma cosmovisão deista, ou seja: Deus iniciou a criação e deixou as situações e fenômenos naturais se desenrolando. Isso coloca Deus distante e não envolvido (supostamente resolvendo o dilema da responsabilidade) com as questões humanas. Mas como explicar a ênfase nos milagres e nas intervenções divinas, da IURD? É que esse “deismo seletivo”, não construído a partir dos dados da Bíblia, é limitado às situações convenientes. Ocasionalmente, Deus intervém, aqui e ali, consertando as coisas que o homem faz de errado, curando, restaurando relacionamentos. Para motivar Deus a fazer isso, é necessário, entretanto, intenso clamor e bastante fé, senão as coisas continuam como estão.

b. Dualismo espiritual: Macedo diz, na mesma entrevista: “não tenho ódio de ninguém, senão do Diabo e de seus espíritos”. Entretanto, o reconhecimento de um Reino das Trevas, pela IURD, não se prende ao que as Escrituras revelam sobre o assunto. Há a absorção da visão popular de duas esferas que se degladiam, uma vez vencendo uma, outra vez a outra. Para se contrapor às hostes do mal, a IURD utiliza-se do procedimento de exorcismo e de outras atividades que emulam as encontradas exatamente pelos que são classificados como dominados pelos demônios.

c. Práticas religiosas místicas: Na IURD, outros meios de conhecimento religioso são tão importantes quanto as Escrituras, daí as práticas estranhas à Palavra de Deus se misturarem com tanta intensidade na forma cúltica dos seus templos (peças de roupa, lugares santos, essencialidade da cura física, prosperidade como sinal inequívoco de aceitação divina, etc.). O resultado não é a religião verdadeira, mas um misticismo pagão com roupagem cristã.

d. Pragmatismo: Como demonstrado nas palavras do Macedo, na entrevista, as convicções éticas, na IURD, são essencialmente pragmáticas. Avança-se aquilo que é considerado a tarefa messiânica do segmento com quaisquer parâmetros, afirmações, conexões ou práticas, desde que funcionem. Princípios não regem a prática, mas os objetivos, sim. Não há âncora metafísica maior (revelação) para estabelecimento da verdade. Daí a conformação com o que é politicamente correto, com o que agrada às massas.

Fonte: Blog O tempora, o mores!

Leia o que Ultimato publicou sobre o assunto
Mais trigo, mais joio, ed. 256
O compromisso da Universal com a teologia da prosperidade, ed. 256
A paganização do cristianismo, ed. 256

Leia o livro
Cosmovisão Cristã e Transformação, vários autores
O Escândalo do Comportamento Evangélico, Ronald Sider


Fonte: Editora Ultimato, em 19 de setembro de 2007.

Uma carroça chamada igreja


...se levarmos em conta a velocidade das transformações que acontecem nas cidades, qualquer pastor, com sua teologia bíblica e sua experiência mística, se sente tão anacrônico quanto um jumentinho puxando uma carroça em plena avenida.

Marcos Monteiro é o autor dessa idiossincrasia e acaba de lançar Um Jumentinho na Avenida — a missão da igreja e as cidades, pela Editora Ultimato. Mestre em filosofia e pastor itinerante no Nordeste brasileiro, Marcos Monteiro é, com a devida vênia, uma mistura de profeta e cantador.

O livro é divertido. Às vezes, trágico. Mas o autor aprendeu a rir de si mesmo. A rir de nós mesmos, das nossas gravatas em pleno sol a pino ou dos púlpitos que cheiram a mofo, de igrejas “globalizadas”, mas cultural e regionalmente irrelevantes. A igreja-carroça precisa responder a algumas perguntas. O que fazer com a avenida? Deveríamos voltar ao tempo em que os jumentos podiam caminhar tranquilamente pelas ruas? E a carroça, deveríamos motorizá-la?

As respostas não são fáceis. No entanto, é preciso aprender com o primeiro jumentinho ilustre, que andava muito bem acompanhado...

Fonte: Editora Ultimato.