As Crônicas de Gelo e Fogo

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Perfil de Três Reis

Capítulo IV

Saul fez o que todos os reis loucos fazem. Atirou lanças contra Davi. Podia fazê-lo. Ele era o rei. Os reis podem fazer coisas assim. Quase sempre as fazem. Os reis arrogam a si o direito de atirar lanças. Todo o mundo sabe que tais pessoas têm esse direito. Todo o mundo sabe muito bem disso. Mas, como sabem? Porque o rei lhes disse muitas, muitas vezes.

Será possível que esse rei louco fosse o verdadeiro rei, o ungido do Senhor?

E o rei do leitor? É ele o ungido do Senhor? Talvez seja. Talvez não. Só Deus sabe.

Se o seu rei é verdadeiramente o ungido do Senhor e se ele também arremessa lanças, então há algumas coisas que você pode saber, e saber com segurança:

O seu rei está completamente louco.

É um rei segundo a ordem do rei Saul.

(página 23)
Perfil de Três Reis
Autor: GENE EDWARDS
Editora: Editora Vida
Ano: 2004
Edição: 15ª
Número de páginas: 108
Acabamento: Brochura
Formato: Médio

Meditatio - 3 Casa - Meditações sobre a Família


Festa de Casamento

Um casamento não é mera formalidade social. Ele tem um significado bem mais profundo. Primeiro, porque duas pessoas querem fazer votos, promessas e assumir compromissos um com o outro diante de Deus, dos pais, parentes e amigos. Segundo, porque eles também desejam receber a bênção de Deus sobre sua união. Trata-se de um momento de alegria, de encontro, de comida, bebida, bolo, danças. Surgem, então, emoções do fundo da alma, emoções muitas vezes reprimidas pelas agruras do cotidiano.
(página 101)
MEDITATIO
Autor: Osmar Ludovico
Editora: Mundo Cristão
Páginas: 208
Categoria: Espiritualidade
Ano: 2007

Batistas e adventistas ajudam crianças pobres

Os Batistas são hoje no Brasil 1,5 milhão de fiéis, que frequentam cultos em 7,5 mil templos. Conheça a Associação Evangélica Resgate e Ame, que ajuda crianças de rua a ter um futuro.

O que pode acontecer quando alguém decide, simplesmente, ajudar? Estender a mão para quem precisa.

Jovens demais para ter lembranças que só existem em sonhos. O da menina, esta noite, foi com a mãe, com quem não pode mais morar. “A mãe de verdade é bem melhor do que o sonho, porque ela é real. Não estou com ela porque a gente não se deu bem”, a menina conta.

Em uma rua especial, onde casas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, moram meninos e meninas que foram retirados da guarda dos pais por ordem da Justiça. Crianças que viviam largadas nas ruas, pedindo dinheiro nos sinais de trânsito, sofrendo todo o tipo de violência.


Para dezenas de crianças que pareciam não ter futuro, este é seu novo endereço: a Associação Evangélica Resgate e Ame, que poderia muito bem ser chamada de Rua da Esperança ou da Salvação.

Hoje, o abençoado pão de cada dia vem pelas mãos dos integrantes da Igreja Batista Brasileira, uma das várias igrejas que derivam da Igreja Batista, fundada no século XVII na Inglaterra.

Os Batistas são hoje no Brasil 1,5 milhão de fiéis, que frequentam cultos em 7,5 mil templos.

“A doutrina pentecostal enfatiza e muito essa capacidade dos indivíduos de desenvolver o dom do Espírito Santo”, explica a socióloga Maria das Dores Machado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

É uma grande família unida pela fé, que tem suas regras. Escola, todos os dias. Depois dos estudos, almoço, aulas de reforço, de música e de dança. Não tinham futuro, hoje sonham até com a universidade.

Simone é uma das poucas mães que aparecem por aqui. A filha dela sabe que a esperança de reunir a família de novo está no abrigo.

“Eu me mantendo aqui dentro. Vai ser melhor para ela, porque quando eu sair, eu vou ajudá-la, porque, se eu não ficar aqui, eu não vou ter futuro. Quero ser advogada, eu quero defender os direitos das pessoas”, revela Bruna Ferreira, de 13 anos.

A rua encantada construída com o cimento da fé no evangelho só existe graças à assistente social Gislaine Monteiro Freitas, coordenadora do REAME.

Vinda também de família muito pobre, começou dando atenção e carinho a crianças de rua em um banco de praça.

“Tudo começou de forma despretensiosa. Apenas uma rua, mas a coisa foi chegando e a gente conseguiu comprar uma rua para as crianças, uma rua sem sofrimento”, afirma Gislaine.

Em uma favela do Rio, seguidores do Evangelho viraram pescadores de crianças mergulhadas na vida violenta do bairro. A função do Centro Adventista de Desenvolvimento Comunitário é ensinar a palavra de Deus e fazer sorrir, por dentro e por fora.

A Igreja Adventista foi criada nos Estados Unidos no século XIX e tem hoje no Brasil 1,2 milhão de fiéis. Guardam o sábado para atividades religiosas e valorizam as coisas da natureza.

Alimento saudável, sem agrotóxico para as crianças, no segundo almoço do dia. Tem jeito de escola, mas o centro mais parece uma grande gincana, que começa aos 7 anos de idade e vai até os 15, com jogos, brincadeiras e música.

Resultado? “Esse lugar é muito gostoso de ficar”, diz uma das crianças.

“Mudou muita coisa em mim. Antigamente, eu não sabia contas na escola e depois que fui aprendendo aqui, estou na sétima série e indo em frente”, conta Vinícius, de 14 anos.

A transformação que acontece na vida de uma criança não é pequena. São mudanças no corpo e na alma. Há cinco anos, quando o projeto começou, a principal resposta para a pergunta ‘o que você quer ser quando crescer?’ era ‘bandido’.

Hoje, bom hoje. “Bombeiro”. “Trabalhar na Aeronáutica”. “Pediatra”. “Médico, para salvar as pessoas da dengue”.

O centro começou com uma sala pequena. Hoje, já são 180 vagas para uma comunidade com sede de oportunidade.

“Para muitos deles, se não fosse essa ação social religiosa evangélica, talvez não tivessem acesso a esses programas e serviços”, explica Gislaine.

Agora outras 500 crianças esperam por uma chance de crescer no rumo do bem, pelas mãos de quem vive na prática os ensinamentos de Jesus.

“No mundo de dimensões tão grandes, a gente vê que a gente pode proporcionar uma perspectiva de vida melhor para uma pessoa fazendo tão pouco. Elas têm certeza de que podem ser alguém melhor. Tem uma passagem em Apocalipse que diz o seguinte: não mais ranger de dentes, não mais pranto, nem dor. Aqui é lugar de gente feliz, lugar de sorrir, lugar de esperança”, conclui Glauciete da Cruz Batista, coordenadora do Centro Adventista.

Fonte: Jornal Nacional.

Leia também: Missionários traduzem a Bíblia para índios no MS e SP: metodistas salvam almas nos subterrâneos

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Meditatio - 2 Caminhada - Meditações sobre a Vida Cristã (2)


Santidade

A ilusão religiosa nos leva a pensar que, se não confessarmos nossos pecados, Deus não ficará sabendo. Isso cria um tipo de esquizofrenia espiritual, uma vida dupla na qual a agenda paralela e secreta de pecado convive com cerimônias, discursos e práticas religiosas. O fariseu é alguém que conhece as Escrituras, mas vive atrás dessa fachada religiosa, resistindo à transformação mais profunda do caráter.

(...)

Confundimos santidade com moralismo. A moral está relacionada com princípios socialmente aceitos. Santidade não é uma moral da boa conduta; é a própria presença do Espírito Santo infundindo em nós o caráter de Cristo, que é amoroso, alegre, pacífico, longânimo, benigno, bondoso, fiel, manso e sereno.

Outras vezes confundimos santidade com legalismo. O legalismo está relacionado com as proibições e conseqüentes punições aos infratores. O fruto do Espírito é diferente. Não se baseia em proibições, mas no potencial humano, amparado por Deus, de fazer o bem e resistir ao mal.

(...)

O santo, portanto, não é aquele que não peca, mas o que sabe reconhecer e admitir que é pecador e encontra, na cruz de Cristo, o perdão de Deus. Só quem chora aos pés da cruz por sua miserável natureza caída pode experimentar a alegria do perdão e do acolhimento de Deus.

(...)

A verdadeira santidade reside no gesto simples do cotidiano, e não no discurso ou na produção religiosa.
(página 75 e 76)
MEDITATIO
Autor: Osmar Ludovico
Editora: Mundo Cristão
Páginas: 208
Categoria: Espiritualidade
Ano: 2007

Leia também: Meditatio - 1 Comunhão - Meditações sobre a Devoção e Meditatio - 2 Caminhada - Meditações sobre a Vida Cristã (1)

SP: metodistas salvam almas nos subterrâneos

No bairro da Liberdade, uma porta aberta para dentro de um viaduto se transformou numa saída, numa chance para quem não tem mais nada.

Eles estão lá, mas pouca gente vê ou quer ver. Vidas estacionadas nas calçadas, presas no beco escuro da indiferença.

“A cidade trata como quem não tem mais chance. Eles olham e falam: ‘Aquele não tem mais jeito’”.

É um caminho que parece não ter volta. Viver na rua transforma a vida das pessoas por fora e também por dentro.

Sensações de raiva, angustia, fome, medo vão se multiplicando. A prefeitura de São Paulo estima que 12 mil pessoas vivam dessa forma, numa espécie de prisão a céu aberto, nas ruas da cidade.

Pois quis a ironia que justamente no bairro da Liberdade, uma porta aberta para dentro de um viaduto se transformasse numa saída, numa chance para quem não tem mais nada.

A escada leva para uma espécie de oásis urbano, repleto de desencontros. “Meu nome é Edileusa Maria de Lima”. “Sou aqui de São Paulo e quero que minha família venha me procurar”. “Estou procurando um primo meu de Minas Gerais”.


Uma chuveirada que revigora. Um tanque para lavar as roupas. Um ferro para passar. Um lugar para trocar a dureza do cimento pelo conforto de um travesseiro.

“Por enquanto, o meu endereço é o armário 59 e daqui a pouco pode ser uma outra coisa melhor. Esse barulho da rua é um terror”, disse o auxiliar de serviços gerais Paulo César Oliveira.

“Quando a pessoa está perdida, ela precisa de um gesto, de alguém que estenda a mão, que demonstre o amor de Cristo de forma prática. É essa fé que nos faz olhar para essa pessoa e entender que ele foi criado a imagem e semelhança de Deus. Se não fosse a fé, não estaríamos aqui”, declarou Marcos Antonio Garcia, pastor da Igreja Metodista.

Esta é fé dos evangélicos da Igreja Metodista, fundada em Londres, no século XVIII. Ela chegou ao Brasil em 1835 e hoje tem 341 mil fiéis. Os Metodistas são conhecidos por serem missionários, por considerarem que o mundo é a sua paróquia e por não perderem a esperança nas pessoas.

“A fé em ação transforma muita coisa, essa é uma crença de quem está nesses trabalhos e essa é uma crença importante porque acaba tendo uma interferência na vida dos indivíduos”, explicou a antropóloga Christina Vital da Cunha, do Instituto de Estudos da Religião.

Quem acreditaria no vigia Antônio José de Souza, afundado nas drogas, alcoólatra, abandonado pela família, mendigando nas ruas uma chance de sobreviver?

“Eu falei assim: ‘Eu posso entrar para tomar um copo de água?’. E ele carinhosamente abriu a porta. Nessa hora, o chão parece que se abre. Essa porta aqui foi o começo de uma vida”.

Antônio foi recebido no abrigo pelo ex-capitão Luiz Pereira de Souza. Condenado a 43 anos de cadeia por assassinato. Diz que conheceu a fé na prisão.

“Dia 15 de dezembro de 95 entrei em pânico e disse que não ficaria mais um dia. Eu lembro da data, porque nesse dia eu tive uma experiência com Deus, em que eu vi Jesus me abraçando e ali pude mudar a minha vida”.

Sem esperar, ganhou um indulto depois de cumprir 14 anos de pena.

“Quando eu vi o documento, estava lá: ex-sentenciado Luis Wilson Pereira de Souza está perdoado de todo o restante da sua pena, pode ir para casa. Nessa hora, desabei, comecei a chorar, e só falava uma coisa: ‘Deus é fiel, Deus é fiel, Deus é fiel’”.

De ex-detento, o antigo capitão passou a ser salvador de almas. Luis deu a Antônio o conforto e a chance de que ele precisava. Mudança iluminada: do esquecimento das ruas para uma vida intensa.

Neste mesmo templo, o ex-mendigo se casou com Tereza, também moradora de rua. Tiveram uma filha, conseguiu trabalho e uma vaga no hotel social da prefeitura. A improvável família sabe exatamente que nome dar para o que lhes aconteceu. “Nós três aqui somos um milagre”, afirmou Antônio.

São 38 anos vivendo na rua. Bastaram três conhecendo a compaixão dos metodistas para que Antônio e Tereza recuperassem a dignidade.

“Eu cheguei a dormir na 23 de maio, naqueles buracos que tem na 23. Hoje, eu moro na Brigadeiro Luis Antonio, Bela Vista”.

Nesta quinta, a gente vai mostrar o trabalho dos batistas e dos adventistas com crianças do Rio de Janeiro.

Fonte: Jornal Nacional (em 27/05/2009).

Leia também: Missionários traduzem a Bíblia para índios no MS

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Meditatio - 2 Caminhada - Meditações sobre a Vida Cristã (1)


Conversão Radical

Em outubro de 312, às portas de Roma, Constantino vence seus adversários e assume o poder do Império Romano. Ele atribui sua inesperada vitória ao Deus dos cristãos, pois tivera um sonho no qual recebeu instrução para colocar o monograma de Cristo no uniforme dos soldados.

A igreja deixa de ser perseguida e o cristianismo se torna religião oficial do estado. Sai das catacumbas e vai para os palácios. (...)

A História da Igreja pode ser contada, portanto, sob duas perspectivas. Uma focaliza a história da Igreja do poder, das conquistas, dos papados, das cruzadas, da inquisição; a outra, a história dos santos, profetas e mártires.

Estamos vivendo um momento parecido com o da Igreja do século IV. Há cerca de 170 anos, época dos primeiros missionários, éramos uma igreja minoritária e perseguida, mas que se transformou em religião de massas. Para os novos convertidos, nessa igreja massificada a autêntica vivência cristã é praticamente impossível.

A conversão, que no passado era ato cheio de riscos e implicava entrega completa aos cuidados de Deus, tornou-se simplesmente adesão ao grupo dominante.


(página 61)
MEDITATIO
Autor: Osmar Ludovico
Editora: Mundo Cristão
Páginas: 208
Categoria: Espiritualidade
Ano: 2007


Leia também: Meditatio - 1 Comunhão - Meditações sobre a Devoção

Heim?!?

Derrapada do Globo Esporte.

Missionários traduzem a Bíblia para índios no MS

A partir desta terça-feira (26/05), o Jornal Nacional apresenta uma série de reportagens sobre obras sociais de igrejas evangélicas presentes no Brasil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a população brasileira cresceu 15,5% entre os dois últimos censos, o número de evangélicos dobrou. Hoje, são cerca de 15% dos brasileiros. Como a maioria católica inclui 73% da população, as obras da Igreja Católica são mais conhecidas.

Nesta semana, nós vamos ver o trabalho que os evangélicos estão fazendo não só em cidades grandes como o Rio de Janeiro, mas também em comunidades menores, do interior do país, apoiando populações que frequentemente são esquecidas pelo poder público.

A harmonia dos sons vale por uma prece.

“O instrumento, a música e o canto têm uma ligação muito íntima com Deus”, afirma o músico Gilberto Oliveira.

Diante da orquestra em um templo da Assembleia de Deus, como ficar de braços cruzados? A Assembleia de Deus é uma igreja brasileira, criada no início do século 20 em Belém do Pará, que tem hoje 8,4 milhões de fiéis espalhados pelo país.

São evangélicos de ramo pentecostal, que acreditam no poder do Espírito Santo e usa a música como oração. Música cheia de fervor.

A Sinfonia da Fé tem origem em um projeto que ajuda crianças, jovens e adultos. Gilberto achava que seria técnico em química. Hoje, toca no culto e também na Orquestra Municipal do Rio de Janeiro.

“Quando a gente está fazendo música, a gente já sente na pele. Às vezes, a gente fica arrepiado. Quando a gente faz a coisa para Deus e dá aquele arrepio, Meu Deus do céu. Esse, Deus recebeu”, explica o músico.

Nas oficinas da igreja, ele se descobriu como músico de talento. Uma atividade mantida com uma parte do dízimo, das doações que vem dos fiéis.

“As pessoas costumam ouvir que a igreja só existe para pegar dinheiro do povo, para enganá-lo. Os pastores são tidos como charlatões, pegadores de dinheiro. Mas ninguém vê os acontecimentos sociais que a igreja promove”, afirma Nelson dos Anjos, pastor da Assembleia de Deus.

A origem das igrejas evangélicas está no distante Século 16, na decisão de homens como o monge Martinho Lutero e o teólogo João Calvino, em romper com a Igreja Católica.

O primeiro por não concordar com o pagamento das indulgências, a possibilidade que existia, na época, de comprar o perdão divino. O segundo por querer uma grande reforma na organização dos ritos católicos.

O movimento é conhecido como Protestantismo, de onde derivam a imensa maioria dos evangélicos de hoje.

“Com o Lutero, você vai ter toda uma nova teologia muito calcada na interpretação, na leitura da Bíblia. Você tem que assumir para você que está tudo ali na Bíblia. As suas orientações estão na Bíblia para a sua vida”, declara a socióloga Maria das Dores Machado.

E está lá escrito: a missão dos cristãos é divulgar a palavra de Deus mundo afora. Os presbiterianos foram para Dourados, no Mato Grosso do Sul, em 1928, para levar o Evangelho, com autorização da Funai, para a maior aldeia do Brasil.

A Igreja Presbiteriana tem origem no Século 16, está no Brasil desde 1859 e tem hoje 980 mil fiéis. É conhecida por reforçar os valores éticos e morais. Na missão Caiuá, um hospital só para eles. Também uma escola, com ênfase evangélica.

Em meio à disputa por terras na região que já dura décadas, o preconceito afastou brancos e índios e dividiu a tribo. Hoje, são dois caciques e nenhum pajé, o líder espiritual. O último morreu há cinco anos. Os chocalhos sagrados dos rituais criaram teias de aranha.

Agora, as doenças são tratadas só no hospital da missão. Na cidade, os índios ainda não são bem recebidos.

“A discriminação e o preconceito são muito fortes”, afirma uma índia.

Na escola indígena, os mais velhos tentam não deixar a cultura morrer. Na escola da missão, as aulas dos brancos funcionam como reforço, como ferramenta para entender e transitar no mundo dos brancos.

“Quando você pode ensinar uma criancinha que está ao seu lado, quando você pode curar a ferida de alguém está sofrendo no hospital. Todos esses gestos não são simplesmente de um profissional que está fazendo, mas alguém que tem o ideal de servir e que gostaria, através daquele gesto, alcançar a grandeza e o amor de Deus no seu coração”, afirma Benjamim Bernardes, reverendo da Igreja Presbiteriana.

O reverendo Benjamim sabe que, para tudo isso dar certo, uma barreira tem que cair. Afinal, são evangélicos americanos, de língua inglesa, no Brasil da língua portuguesa, trabalhando com índios que falam o caiuá.

Um dos maiores desafios dos missionários foi tentar entender a língua dos índios para poder falar de igual para igual com eles. Mas os religiosos foram além. Conseguiram registrar pela primeira vez, por escrito, a gramática da língua kaiwá. Ainda produziram um livro. De texto estranho, sagrado. É a Bíblia feita para os índios e escrita na língua deles.

“Deus me chamou para isso”, conta a missionária inglesa Audrey Taylor.

É o trabalho de uma vida. Audrey começou decifrando gestos e ruídos. Agora, divulga o Evangelho sem precisar de tradução simultânea.

“Eles têm mais valor do que eles pensavam que tinham. A língua está escrita e Deus falou com eles através da Bíblia, na própria língua”, esclarece Audrey.

“Eu gostei da parte onde diz que Deus não quer que nenhum dos pequeninos se perca. Assim como ele amou a ovelha perdida, ele ama a todos igualmente. A missão trouxe uma nova realidade para uma comunidade indígena, uma outra vida”, revela o índio caiuá Natanael Cárceres.

Ensinar, aprender, proteger e ajudar. Na missão evangélica encravada no cerrado, são os próprios índios os primeiros a reconhecer:

“Foi Deus que mandou a missão, tanto os caciques, os rezadores falam disso também. Se não fosse Deus, o caiuá estaria reduzido, muito reduzido, porque nós íamos morrer tudo", avalia a índia caiuá Valdelice Veron.

“Todos nós podemos fazer algo, por mais simples que seja, desde que haja no nosso coração o desejo sincero de poder servir ao próximo”, conclui Benjamim Bernardes.

Na quarta-feira, você vai ver como a vida de moradores de rua está se transformando por causa do trabalho dos metodistas, em um viaduto de São Paulo.

Fonte: Jornal Nacional.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Meditatio - 1 Comunhão - Meditações sobre a Devoção


Vida e espiritualidade

"Deus não cabe em regras, técnicas, teologias rígidas, pacotes, tradições, experiências, ideologias, fórmulas, pragmatismos, planos doutrinações. O mistério de Deus não cabe em esquemas humanos. segui-lo significa não se adiantar a ele, mas ser conduzido serenamente por onde se desconhece, ser surpreendido pelo caminho que se abre. O mundo das certezas é incompatível com o mistério de Deus, que se revela no íntimo da alma humana em uma relação de amor.

(...)

A verdadeira espiritualidade reside na santidade do gesto simples do cotidiano. Em Jesus Cristo não há megalomania, grandiloqüência ou extravagância, mas a simplicidade do gesto humano, ternura e firmeza. Ouso afirmar que a verdadeira vida cristã significa sermos menos espirituais e mais humanos."
(página 43)
MEDITATIO
Autor: Osmar Ludovico
Editora: Mundo Cristão
Páginas: 208
Categoria: Espiritualidade
Ano: 2007

Conversa com Rodolfo Abrantes


Em 2001, no auge da fama, o cantor Rodolfo Abrantes deixou o grupo Raimundos, as drogas e passou a se dedicar à música gospel. No segundo semestre, tentará voltar ao mercado lançando um DVD de cunho evangélico.

Você perdeu a fama quando saiu do Raimundos?
Não perdi a fama, eu a entreguei. Abri mão dos holofotes para ter uma vida simples e feliz ao lado de Jesus.
Valeu a pena?
No começo, foi assustador. O meu telefone parou de tocar na hora. Agora, quem está comigo gosta de mim. Não são os interesseiros de antes.
Se valeu a pena, por que você quer voltar?
Muita gente pensa que eu morri. Quero mostrar que estou fazendo música e que ela é pura, limpa...As antigas eram cheias de palavrões.
Você se arrependeu de tê-las cantado?
Sei que influenciava mal meus fãs, mas não tinha consciência disso. Eu era um adolescente. Não tinha ideia da arma que o microfone é.
Adolescente de 28 anos?
Ah, mas a cabeça era de 15. Minha mulher e eu usávamos todo tipo de droga, éramos dois coquetéis molotov. Precisávamos sair daquilo.
Suas tatuagens escandalizam os evangélicos?
Quando vou pregar em igrejas que têm tiazinhas, eu escondo as tatuagens. Afinal, não tem nada a ver afrontar os irmãos que são das antigas.
Fonte: Veja (via Pavablog)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

QUEM ENTRA, SE DILMA SAI?


(Recebido de publicitário de renome nacional, pós-graduado em comunicação política)


1. "O ex-blog já fez alguns comentários sobre a percepção do eleitor em relação a candidatos no Brasil. Realmente, se o perfil/imagem de um candidato de um partido é muito diferente de outro candidato do mesmo partido, não há razão nenhuma no eleitor brasileiro para que mantenha seu voto dentro desse partido. Lula é um personagem visto como de extração popular que subiu na vida. E, mesmo que já esteja de fato na classe média há mais de 25 anos, ou mais da metade de sua vida adulta, entendeu a importância de manter sua imagem de origem. E faz isto com raro talento de ator".


2. "Dilma é de outra 'família', assim como Dirceu, Palocci, Mercadante, Jacques Wagner, Tarso Genro, profissionais de classe média que se vestem, falam e pensam como classe média. É assim que o eleitor os vê. Por isso, será muito difícil Lula transferir votos para quaisquer deles, além do que, a máquina conduzirá. Seria algo como o ex-presidente Fernando Henrique pedir votos para a ex-senadora Benedita".

3. "Há apenas um nome para substituir Dilma (em minha visão, mal escolhida por Lula). Esse nome é o ministro Patrus Ananias. Ele pode não ser da família-imagem de primeiro grau de Lula, mas certamente é um primo de segundo grau. Pense num mineirinho de piada, com seu cigarrinho no canto da boca, ironicamente humilde e que tira sarro dos outros que se acham espertos. Se a origem de Lula é campesina, migrante, o mineirinho Patrus também é, só que do interior de Minas. Alguém como Mazzaroppi, para ajudar a visualizar".


4. "E ainda com a vantagem de ser o gestor do bolsa família. Mazzaroppi, desculpe, Patrus, como primo mineiro do retirante nordestino, absorverá votos transferidos de Lula, fora da máquina. Sei que os marqueteiros de estúdio dirão que ele não estará na linha dos senadores norte-americanos que eles se amarram. Tanto Kennedy quanto possível. Tanto Clinton quanto possível. Se quiser pode publicar no ex-blog, mas sem meu nome. Escrevi essa nota depois de ler seu comentário sobre a eleição presidencial".


Fonte: Ex-Blog do César Maia, em 21/05/2009 (recebido por email).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Redondo é...

Famosos que "aceitaram Jesus" e viraram evangélicos

A religião evangélica é a que mais vem crescendo entre os brasileiros - segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no começo dos anos 2000, o número de fiéis no país quase dobrou em relação à década anterior. Entre os convertidos, é claro, muitos são famosos. Não são raras as notícias de que uma celebridade "aceitou Jesus" e se tornou protestante.

Quando o assunto é converter celebridades, a igreja Bola de Neve é campeã. Freqüentada por jovens, em sua maioria, e usando o surf como alavanca, ela trouxe para seu rebanho artistas como Alexandre Frota, Regininha Poltergeist, Rodolfo e Monique Evans - alguns destes até conseguiram conciliar a carreira no mundo erótico com a religião.

Alguns não se contentaram em ficar na platéia e até se lançaram como estrelas do mundo evangélico, como Baby do Brasil e Mara Maravilha.


Veja a lista de famosos que "aceitaram Jesus":

Baby do Brasil
Antiga Baby Consuelo, não só virou evangélica como abriu uma igreja. A sede do Ministério do Espírito Santo de Deus em Nome do Senhor Jesus Cristo ficava em Botafogo, no prédio onde a cantora tinha montado uma gravadora. Ela cantora chegou ao Protestantismo após circular por várias religiões. Baby prometia protagonizar curas e até reverter homossexualidade em seus cultos.

Rodolfo
Vocalista de uma das maiores bandas de rock dos anos 90, o Raimundos, Rodolfo se converteu ao Protestantismo e deixou seus companheiros. A banda, que ainda curtia a repercussão de sucessos como A Mais Pedida, Me lambe e Mulher de Fases, perdeu o líder, que começou a freqüentar a Bola de Neve.
Ele se converteu por influência da mulher, que fazia cultos evangélicos na sua casa.
Rodolfo voltou aos palcos com bandas gospel, cantando um "rock do senhor", mas não emplacou muitos sucessos.

Mara Maravilha
Mara, desde pequena, apresenta programas para crianças. Porém, a vida da cantora e apresentadora não era perfeita e foi em um momento de angústia e problemas de saúde que ela "conheceu Jesus".
Mara, segundo ela mesma conta, estava doente e, atrás de um alívio, foi à igreja. "Tudo o que o pastor falava coincidia com a minha vida", disse, na época, em seu site pessoal.
Hoje, Mara é famosa cantora gospel e já gravou muitos CDs "para Jesus".

Monique Evans
Monique Evans foi, por muito tempo, a apresentadora do programa erótico Noite Afora, da Rede TV!. O trabalho virou problema, porém, quando ela teve que levá-lo em paralelo com a igreja preferida dos famosos, Bola de Neve.
Em um culto, ela anunciou aos fiéis presentes que estava deixando o programa.

Gretchen
A dançarina Gretchen sempre explorou seu corpo para fazer sucesso. A rainha do rebolado, porém, em certa altura de sua vida, encontrou Jesus. Ela andou nos trilhos nos primeiros anos, mas depois, ainda na igreja, posou nua duas vezes - em uma delas, estava grávida - e fez filme pornô.

Regininha Poltergeist

Regininha despontou para fama fazendo o papel de uma santa que curava as pessoas por intermédio do sexo na peça Santa Clara Poltergeist. Após isso, fez vários ensaios sem roupa, um programa erótico, o Puro Êxtase, e alguns filmes pornôs. Mas, no começo de 2009, a Bola de Neve mostrou o caminho para Regininha, que agora é evangélica.

Alexandre Frota
Frota começou a carreira como ator de novelas do Globo na metade dos anos 80. Anos se passaram, até que ele fez seu primeiro ensaio erótico com outro homem e vestido de marinheiro, então um filme pornô, depois um filme com travesti e por aí vai. Depois de incontáveis obras pornográficas, como Invadindo a Retaguarda, ele diz ter se despedido do ramo com A Última F**a de Frota no Pornô e virou seguidor da Bola de Neve.

Xanddy e Carla Perez
Xanddy e Carla Perez ficaram famosos e se conheceram por intermédio do axé. Casados, eles começaram a freqüentar a igreja juntos, em 2006, em Salvador. O casal se aproximou da religião quando o cantor foi convidado para participar da gravação de um DVD de uma cantora gospel.

Marcelinho Carioca
Marcelinho Carioca começou nas categorias de base do Flamengo, mas atingiu a fama no Corinthians. O jogador, no meio de sua carreira, descobriu a palavra do senhor e, a partir daí, é evangélico fervoroso.
O atleta até tentou levar paralelamente a carreira de futebolista e a de cantor gospel, mas acabou desistindo da música no meio do caminho.

Redação Terra

Vale quanto pesa

BRASILEIRÃO 2009 VALE MAIS DE 700 MILHÕES DE REAIS NA TV?

(blog do JJ). Pelo pacote de TV aberta, a TV pagou R$ 220 milhões ao Clube dos 13 - entidade que negocia os direitos de transmissão do torneio. O valor pode ser elevado caso a audiência média dos jogos seja superior a 21 pontos no Ibope, sendo que cada ponto extra vale cerca de R$ 1 milhão. De olho em toda a temporada de futebol transmitida pela TVG e principalmente no Campeonato Brasileiro, os patrocinadores Vivo, Casas Bahia, Itaú, Volkswagen e AmBev renovaram suas cotas por R$ 121 milhões cada (605). Já o canal de TV fechada SporTV comercializou as seis cotas de patrocínio do pacote Futebol 2009 pelo valor de R$ 24 milhões cada (144). Os compradores foram AmBev, Fiat, HSBC, Ipiranga, Telefônica e Vivo. A Visa adquiriu uma cota diferenciada para o top de cinco segundos.

Fonte: Ex-Blog do César Maia (por email).

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A origem dos nomes das bandas

Por Kid Vinil, colunista do Yahoo! Brasil

É interessante parar para pensar de onde surgiram os nomes de certas bandas. Sempre tem uma história curiosa. Pode ter saído de um nome de filme, de uma pessoa, de um lugar em especial ou até por sugestão da gravadora. Vou listar alguns nomes famosos do presente e do passado e sua origem.

The Clash
Foi por sugestão do baixista Paul Simonon, que teve a ideia ao ler uma manchete num jornal inglês que tinha em destaque a palavra "Clash". Antes disso os nomes mais cotados eram The Weak Heartdrops e The Psychotic Negatives, mas no fim optaram por The Clash.

Guns N´Roses
Foi uma junção de dois nomes de bandas californianas, a primeira chamava-se LA Guns e a outra Hollywood Rose, cujo vocalista era Axl Rose. O LA Guns era uma banda rival da Hollywood Rose, mas no fim o guitarrista Tracii Guns, do LA Guns, deixou a banda para formar o Guns N`Roses e mais tarde foi substituído por Slash.

The Ting Tings
Essa história é engraçada, pois a vocalista Katie White colocou esse nome em homenagem a uma amiga chinesa. Mas qual não foi a surpresa deles ao chegarem no Japão e descobrirem que em japonês Ting Tings signica "penis pequeno".

Radiohead
Até 1991, antes de assinarem com a gravadora EMI, a banda chamava-se On A Friday. Por sugestão da gravadora, mudaram para Radiohead inspirado no álbum "True Stories", do grupo americano Talking Heads. Apesar de ser uma sugestão da EMI, a banda acabou gostando do nome. Outra banda inglesa dos anos 90 que o nome foi sugerido pela mesma gravadora foi o Blur.

Led Zeppelin
Até outubro de 1968, a banda chamava-se The New Yardbirds. O nome veio de um comentário sarcástico feito pelo baterista Keith Moon, do The Who, quando disse que a banda seria um desastre como foi o dirigível Zeppelin. Em inglês, a frase dita por Keith Moon era "That wil go over like a lead Zeppelin". Os caras da banda acharam engraçada a brincadeira e o empresário Peter Grant adotou o nome Led Zeppelin, simplesmente tirou a letra "a" de "lead" pra evitar que os americanos desavisados pronunciassem "leed zeppelin".

Oasis
Antes desse nome a banda de Manchester era conhecida como Rain. Liam Gallagher tirou o nome Oasis de um pôster de uma tour da banda Inspiral Carpets, que ele tinha em seu quarto.Um dos lugares mencionados na tour do Inspiral Carpets era o Oasis Leisure Centre na Cidade de Swindon.

The Rolling Stones
Essa é fácil, o nome foi tirado de um blues de Howlin´Wolf chamado "Rolling Stone". O guitarrista Keith Richards adorava uma versão feita por Muddy Waters.

Coldplay
O nome Coldpaly apareceu de uma doação, isso mesmo, uns amigos da banda que estudavam juntos na UCL na Inglaterra resolveram abdicar desse nome, pois achavam muito depressivo. Antes disso, o Coldplay tentou os nomes Starfish e Stepney Green, mas acabaram aceitando a doação. Interessante é que na mesma época quem também estudava na UCL era o vocalista Tim Rice, do Keane, que foi convidado pra integrar o Coldplay, mas não aceitou.

Nirvana
Surgiram várias ideias de nomes como Skid Row, Pen Cap Chew e Ted Ed Fred, mas em 1988 Kurt Cobain decidiu que seria Nirvana, pois o nome sugeria algo belo ao invés de nomes mais punks.

Black Sabbath
A princípio, o nome da banda era Earth, mas descobriram que já existia uma outra banda com o mesmo nome. Começaram como uma banda heavy/blues, mas gradualmente foram incorporando ocultismo e horror em suas letras e daí veio o nome Black Sabbath, que surgiu inspirado num livro de ocultismo de Dennis Wheatley. O jornal inglês New Musical Express dá uma versão diferente, de que o nome veio de um filme de horror estrelado por Boris Karloff na década de 60. Outro recente que emprestou seu nome de um filme de horror foi o novaiorquino Vampire Weekend.

Kaiser Chiefs
Na Africa do Sul existe um time de futebol chamado Kaizer Chiefs ( com "z"). Nele jogou Lucas Radebe do Leeds United. O Kaizer Chiefs é o time africano com maior número de torcedores, mais de 16 milhões.

Ramones
Essa também é interessante, o sobrenome Ramone era usado pelo Beatle Paul McCartney para se despistar das fãs nos hotéis por onde eles se hospedavam.

Vale a pena consultar o site Rock bands - Name Origins pra saber mais sobre os nomes das bandas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Os evangélicos


Este não é um livro especificamente para o público evangélico. É um livro para todos aqueles que queiram conhecer mais sobre a História da religiosidade do povo brasileiro como manifestação cultural, seja apreendida de fora, dos missionários europeus e norte-americanos, ou expressão de uma determinada região. É didático, portanto, de fácil entendimento.

Resultado de pesquisas da socióloga Clara Mafra, versa sobre a história dos evangélicos no Brasil desde a chegada do missionário presbiteriano Ashbel Green Simonton, em 1859 no Rio de Janeiro, passando pelos pentecostais da primeira onda, a fundação da Congregação Cristã (1910) e a Assembléia de Deus (1911), e pela segunda onda do pentecostalismo com a fundação da Igreja do Evangelho Quadrangular (1953), O Brasil para Cristo (1955), até desembocar na terceira onda com as igrejas neopentecostais puxadas pela Igreja Universal do Reino de Deus (1977) do bispo Edir Macedo.

Segue abaixo um trecho da Introdução:

“Bíblia, crente, acatólico, bode, protestante, histórico, missionário, povo avivado, pentecostal, neopentecostal, missa-seca, pentecostal autônomo, renovado, escolhido de Deus, evangélico progressista.

Boa parte da literatura sobre os ‘evangélicos’ no Brasil se detém sobre a questão que a lista anterior levanta: como classificar a diversidade de seguidores de uma religiosidade cuja origem remonta à Reforma – quais são os agrupamentos, sua origem, suas tendências, seus valores, sua legitimidade social, os segmentos que devem ser excluídos, sua atuação política. Os desacordos são muitos, entre quem classifica, entre quem é nomeado e entre uns e outros, num campo saturado de mal-entendidos e desacordos. Mas se os critérios de classificação são muitos e ensejam uma disputa nominativa interminável, podemos nos apegar à história, onde, ao menos nos últimos anos, dada a visibilidade pública que esse segmento religioso ganhou na opinião pública, se forjou um certo consenso referendando o termo ‘evangélico’ como categoria abrangente.” (página 7)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Eu não culpo o Régis Danese

Eu não culpo o Régis Danese. Nem tão pouco os cantores "gospel". Penso que de certa forma eles são fruto de um sistema, são apenas a ponta do "iceberg". O buraco é mais embaixo.

Desde que alguém descobriu que gravar músicas cristãs, evangélicas, gospel (ou chame como quiser) dava muito dinheiro, a coisa toda se perdeu. Criou-se um mercado que para sobreviver precisa de lucros, e isso a qualquer custo. Não precisa ser cristão. Não precisa crer no que se canta. Não precisa ter compromisso. E, pasmem, nem sequer precisa cantar bem! Precisa apenas dizer as palavras certas no momento certo, na igreja ou convenção certa e pronto! Os cd´s e dvd´s vão sendo vendido ás turras e a conta bancária vai engordando. Mas onde começa tudo isso?

Começa na cabeça dos pastores desse pessoal. Começa na liderança da Igreja onde eles congregam. Sim, porque conceitos são ensinados e absorvidos, não caem do céu. Esse pessoal é estimulado a ser "cantor" do Senhor, e colocam na cabeça deles que o sonho maior a ser conquistado é gravar o cd/dvd, e assim será mais fácil "conquistar o Brasil". Esses líderes moldam a mente e o coração dos pupilos, a ponto de mesmo sem entender nada da matéria, vemos que tal cd/dvd teve a sua produção executiva pelo pastor/bispo/apóstolo fulano de tal.

Os pastores e líderes na verdade dão corda ao desejo de fama desses pobres discípulos, que acabam caindo na tentação e trilham o caminho da "fama evangélica".

Soma-se a isso nós, um bando de tontos que ouvimos, compramos, assistimos, gravamos, pagamos e divulgamos esse mercado nojento da música gospel/evangélica/cristã, que de santa não tem nada. Nós temos culpa nisso tudo. Pagamos milhares de reais para que esses caras cantem em nossas igrejas, damos a "oportunidade" e o microfone para que eles ensinem (e mal!) os nossos irmãos. Pagamos suas passagens de avião; atendemos às suas absurdas exigências para participarem por 30 minutos contados no relógio das nossas atividades. Nós somos os culpados. Se eles existem é porque nós consumimos.

Por isso, não culpo o Régis Danese e Cia Ltda. Reconheço a minha parcela de responsabilidade.

Maurício Boehme, no blog Eletroacústico (via Pavablog).

domingo, 17 de maio de 2009

Infográfico

Fonte: Globo Esporte.

Análise do São Paulo Futebol Clube no infográfico:

1º - 6 vezes (77, 86, 91, 06, 07 e 08);
2º - 5 vezes (71, 73, 81, 89 e 90);
3º - 3 vezes (99, 03 e 04);
4º - 1 vez (93);
5º - 3 vezes (75, 83 e 02);
6º - 4 vezes (82, 87, 92 e 94);
7º - 1 vez (01);
9º - 2 vezes (72 e 80);
10º - 1 vez (74);
11º - 3 vezes (88, 96 e 05);
12º - 2 vezes (95 e 00);
13º - 1 vez (97);
15º - 1 vez (98);
17º - 1 vez (84);
19º - 1 vez (78);
26º - 2 vezes (76 e 85).

Tira do Jesus

sábado, 16 de maio de 2009

Pesquisa sobre 'Jesus histórico' retrata Cristo mais humano, mas não ameaça fé - Parte 5

Verdadeiro homem, verdadeiro Deus

Levando tudo isso em consideração, a fé cristã pode sair abalada ao confrontar o Jesus histórico? Os especialistas apostam que esse risco é menor do que parece. “A pesquisa histórica ajuda a compreender a atividade de Jesus e a contextualizar a fé. Pode ameaçar alguns dogmas eclesiásticos, mas não a fé propriamente dita”, diz Voigt, que também é pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IELCB).

“Creio que o processo de formação das pessoas de fé cristã deve ajudar a perceber a riqueza que se encontra justamente no processo de interpretar os acontecimentos. Não podemos ler a Bíblia ao pé da letra. Como pessoas de fé, nossos antepassados vivenciaram processos muito criativos de leitura dos acontecimentos, atribuindo-lhes significados que, à primeira vista, não eram perceptíveis nem imagináveis. A Bíblia toda foi construída assim”, pondera o padre Léo Konzen.

“Apesar de ser a personificação do Divino, aqui na Terra Jesus era apenas um homem bruto, pobre, tão comum que dependia de muita oração e da ação do Espírito Santo para realizar seus feitos. Seria muito fácil se Ele morresse na cruz tendo a certeza de que era eterno. Mas era homem e, como homem, não tinha uma memória divina”, diz René Vasconcelos, estudante de teologia da Faesp (Faculdade Evangélica de São Paulo) e membro da denominação evangélica Assembléia de Deus.

Essa, aliás, é uma das pedras fundamentais da fé de quase todas as igrejas cristãs: Jesus é verdadeiro Deus, mas também é verdadeiro homem. A primeira parte da frase não pode ser comprovada ou refutada pela pesquisa histórica, mas a segunda metade dela também é capaz de tornar Jesus relevante para crentes – e até para agnósticos ou ateus – durante muito tempo ainda.

A versão impressa desta reportagem é a capa da última edição da revista "Galileu", já nas bancas.


Fonte: G1.

Pesquisa sobre 'Jesus histórico' retrata Cristo mais humano, mas não ameaça fé - Parte 4

Retrato múltiplo

É possível extrair essas linhas gerais da missão de Jesus do material do Novo Testamento, mas é bem mais complicado afirmar se, durante sua vida terrena, Cristo considerava ser Deus encarnado, como diz o dogma cristão, ou mesmo tinha consciência plena de que sua morte na cruz serviria para redimir a humanidade, outra idéia que é central para a cristandade moderna.

O interessante, afirma Chevitarese, é que os textos do Novo Testamento parecem mostrar a convivência de várias visões sobre como e quando os cristãos consideravam que Jesus teria assumido seu status de Cristo, ou seja, de "ungido" (escolhido) e Filho de Deus. “Para Paulo [autor dos textos provavelmente mais antigos do Novo Testamento, datados por volta do ano 50], Jesus é o Cristo porque ressuscitou. O Evangelho de Marcos traz esse papel já para o batismo de Jesus feito por João Batista. Os Evangelhos de Mateus e Lucas recuam isso para o nascimento dele, enquanto João vê Cristo como preexistente ao próprio mundo. São quatro cristologias [visões sobre a natureza de Jesus] diferentes convivendo num espaço de 50, 60 anos.”

Como judeu, seria impensável para Jesus se colocar publicamente como igual a Deus, afirma Luiz Felipe Ribeiro. “Agora, isso não quer dizer que não houvesse uma autocompreensão de Jesus na qual ele se via como mais do que humano, uma autocompreensão messiânica, digamos.” Seria essa uma possível explicação para o misterioso título “Filho do Homem”, aparentemente empregada por Jesus para designar a si mesmo. Esse personagem aparece em vários escritos apocalípticos judaicos, muitos dos quais surgidos pouco antes do nascimento de Cristo. “Mas nem mesmo ali o Filho do Homem é igual a Deus - ele é mais um vice-regente, um segundo em comando”, diz Ribeiro.

Essas incongruências só são conhecidas porque os Evangelhos, apesar da fé religiosa por trás de sua composição, preservam uma trilha de pistas sobre o lado humano de Jesus. Tais pistas fortalecem o chamado critério do constrangimento, uma das principais maneiras de decidir se um fato ou uma fala do Novo Testamento remonta ao Jesus histórico. A idéia é que os evangelistas não inventariam passagens capazes de lançar dúvidas sobre o poder ou onisciência de Jesus.

O caso clássico do critério do constrangimento é o batismo de Cristo por João Batista no rio Jordão, afirma Emilio Voigt, doutor em Novo Testamento e professor da Escola Superior de Teologia de São Leopoldo (RS). “Se o batismo de João é para o arrependimento [dos pecados], porque Jesus precisaria ser batizado? Como Jesus, o Messias, poderia ser batizado por alguém teoricamente inferior a ele?”, diz o pesquisador. Segundo Voigt, a tradição cristã resolve isso por meio do “testemunho” de João – afirmações do profeta de que ele teria vindo apenas para proclamar a chegada de Jesus e de que, na verdade, não seria nem digno de batizá-lo.


Uma série de outros eventos constrangedores aparecem nos Evangelhos: os parentes de Jesus e os moradores de Nazaré o rejeitam como profeta, ele diz que “somente o Pai” conhece a hora da chegada do Reino, teme a aproximação da morte e, pregado na cruz, pergunta por que Deus o abandonou. Para John P. Meier, o registro de tantas situações potencialmente desencorajadoras sobre Jesus revela que os evangelistas estavam seguindo uma tradição histórica estabelecida e que eles não se sentiam totalmente livres para alterá-la a seu bel-prazer. E esse conservadorismo aumenta, de certa forma, a confiabilidade do "esqueleto" básico de fatos apresentado em tais textos.

Fonte: G1.

Pesquisa sobre 'Jesus histórico' retrata Cristo mais humano, mas não ameaça fé - Parte 3

O meu, o seu, o nosso Jesus

Se a invisibilidade arqueológica não ajuda, a imaginação e as preocupações modernas também atrapalham um bocado. No esforço de tornar o Jesus histórico relevante para a nossa época, ou como forma de polemizar com as atuais religiões cristãs, pesquisadores como o historiador irlandês John Dominic Crossan defendem que Cristo não se preocupava com a vida eterna ou o Juízo Final, mas pregava uma ética totalmente centrada no aqui e no agora, influenciada pela cultura grega. Outros enfatizam seu lado de revolucionário político, ou mesmo o retratam como uma espécie de mago itinerante, cujos milagres não passavam de truques.

“Acho que isso equivale a esvaziar Jesus”, avalia Chevitarese. "Não se pode tirá-lo do seu contexto judaico nem eliminar seu lado apocalíptico e escatológico [o de um profeta que espera o final dos tempos e a consumação da história humana]”, diz o historiador da UFRJ. Isso não quer dizer, por outro lado, que a pregação de Jesus fosse completamente isenta de idéias sobre a sociedade e a política. “A própria escatologia judaica também tem um substrato político”, lembra Luiz Felipe Ribeiro, professor da pós-graduação em história do cristianismo antigo da Universidade de Brasília (UnB). Ele cita um exemplo cristão, o livro do Apocalipse, que pode ser lido tanto como uma previsão do fim do mundo quanto um ataque contra a opressão romana que afetava os cristãos.

Para John P. Meier, professor da Universidade Notre Dame (EUA) e autor da monumental série de livros "Um Judeu Marginal" (ainda não concluída) sobre o Jesus histórico, o pregador de Nazaré resume e mistura o espiritual, o social e o político na frase-chave de seu anúncio profético: o “Reino de Deus”. Essa é a tradução mais comum em português do grego hé basilêia tou Theou, cujo sentido provavelmente está mais para “o Reinado de Deus” – a idéia de que Deus estava prestes a intervir dramaticamente no mundo, resgatando seu povo de Israel, instaurando seu domínio de justiça e paz e incluindo até os povos pagãos entre seus escolhidos nesse Universo transformado.

“Isso explica por que Jesus parece relativamente despreocupado em relação a problemas sociais e políticos específicos. Ele não estava pregando a reforma do mundo; estava pregando o fim do mundo”, escreve Meier. No entanto, em vez de se concentrar nos terríveis tormentos que aguardariam os pecadores que não se arrependessem, o profeta da Galiléia ressaltava que o Reinado de Deus era um poder misericordioso, aberto a todos os que o recebessem.

Não é à toa que algumas autoridades judaicas, ou o grupo dos fariseus (algo como “separados”, em hebraico) ficavam escandalizados com o lado festivo da vida de Jesus e seus discípulos. Afinal, eles não hesitavam em comer e beber com cobradores de impostos, prostitutas e outros “pecadores notórios” da sociedade israelita, como sinal da proximidade e da inclusão do Reino.


“Proximidade”, aliás, talvez não seja a palavra exata: ao mesmo tempo em que Jesus via o Reinado de Deus como uma promessa a se realizar no futuro próximo, também insinuava que esse Reino já estava presente no ministério do próprio Cristo, diz Meier. “As curas e os exorcismos realizados por Jesus não seriam, portanto, meros atos isolados de bondade e compaixão: estariam mais para demonstrações dramáticas de que o Reino de Deus já estava chegando a Israel”, afirma o pesquisador. Não dá para forçar a mão de Deus, diz Jesus: seu Reinado é um ato espontâneo de misericórdia, voltado não para quem o merece, mas para quem mais precisa dele – os pobres, os famintos, os que choram. Não é à toa que esse Deus recebe de Jesus o apelido de Abbá – nada menos que “papai” em aramaico.

Mais importante ainda, Jesus se apresenta como o mediador para os que querem participar do Reinado de Deus: rejeitar sua mensagem equivale a rejeitar a ordem divina. E, como registram os Evangelhos, a proclamação é voltada exclusiva ou principalmente a judeus como Jesus. Não é à toa que ele escolhe os Doze Apóstolos (provavelmente simbolizando as doze tribos de Israel, espalhadas pelo mundo, que Deus deveria reunir no fim dos tempos) e ordena que eles se dirijam apenas às “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Para Jesus, a imagem desse Reino de Deus consumado é a de um banquete – e, paradoxalmente, ele chega a afirmar que alguns de seus compatriotas judeus, os que não o aceitam, poderão ser os barrados no baile, enquanto gente “do Oriente e do Ocidente” – os pagãos – acabam sendo incluídos.

Fonte: G1.

Pesquisa sobre 'Jesus histórico' retrata Cristo mais humano, mas não ameaça fé - Parte 2


Homem invisível

Volta e meia ressurge a esperança de que os Evangelhos não serão mais a principal (ou mesmo a única) fonte sobre o Jesus histórico. Há quem coloque suas fichas em achados arqueológicos, como inscrições, túmulos e textos antigos. Dois exemplos recentes desse tipo de pesquisa, porém, não tiveram um resultado dos mais gloriosos.

Em 2002, foi a vez do chamado Ossuário de Tiago, uma caixa de pedra feita originalmente para conter o esqueleto de um homem que morreu em Jerusalém no século 1. No artefato havia uma inscrição em aramaico (língua aparentada ao hebraico que era a mais falada entre os judeus do tempo de Cristo), com os dizeres: “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. O ossuário, afirmavam alguns especialistas, teria pertencido a Tiago, irmão ou primo de Jesus que liderou a igreja cristã de Jerusalém até o ano 62 d.C. Mas análises mais detalhadas comprovaram que o pedaço crucial da inscrição (“irmão de Jesus”) foi adicionado por um falsificador do século 21.

Um bafafá parecido cercou, em 2006, novas análises de outros ossuários de Jerusalém, originalmente desenterrados nos anos 1980. Num mesmo jazigo familiar estavam enterrados “Jesus, filho de José”, Maria (a mãe dele?), Mariamne (supostamente, Maria Madalena) e outras pessoas cujos nomes lembram os de personagens do Novo Testamento. Um documentário produzido por James Cameron (ele mesmo, o criador de "Titanic") defendeu que os ossuários eram a prova de que Jesus tinha se casado com Maria Madalena. Os defensores da tese argumentam que seria muito improvável a ocorrência conjunta desses nomes na Jerusalém do século 1 d.C. sem que houvesse uma ligação com Jesus de Nazaré. Nenhum estudioso sério do Jesus histórico, contudo, dispôs-se a comprar a idéia – calcula-se que, só na Cidade Santa, teriam vivido mais de mil “Jesus, filhos de Josés” nessa época.

Esses fracassos talvez tenham uma explicação muito simples: a pessoa de Jesus pode ser “invisível” para a arqueologia. “E não só ele como quase toda a primeira e a segunda geração de cristãos. São pessoas periféricas, gente muito simples, de origem rural”, afirma André Leonardo Chevitarese, historiador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Romanos e judeus de classe alta construíam palácios e tinham selos (carimbos) pessoais feitos com metal ou pedra preciosos; carpinteiros e pescadores da Galiléia (a terra natal de Jesus, no norte de Israel), por outro lado, podiam passar a vida inteira usando apenas materiais perecíveis. Chevitarese, aliás, é cético até em relação à idéia de um enterro formal para Jesus.

“Em todo o mundo romano, o costume era abandonar o cadáver na cruz, para ser comido por abutres ou cães”, lembra o historiador da UFRJ. Ele também diz ser suspeita a figura de José de Arimatéia, judeu rico e simpatizante secreto de Jesus que teria obtido seu corpo e organizado seu sepultamento, segundo os Evangelhos.

“Camponeses como os seguidores de Jesus não teriam como se dirigir a Pilatos para exigir o corpo. Assim, os evangelistas enfrentam o problema de explicar o sepultamento de Jesus e usam a figura de José de Arimatéia, que praticamente cai de pára-quedas na narrativa”, diz. Por outro lado, há pelo menos um registro de crucificado judeu que teve um sepultamento digno – Yehohanan (João), filho de Hagakol, cujo ossuário foi descoberto por arqueólogos israelenses em 1968. O osso do calcanhar de Yehohanan ainda continha o cravo usado para pregá-lo na cruz.

Fora algum tremendo golpe de sorte, o máximo que a arqueologia pode fazer é iluminar a vida cotidiana no tempo de Jesus (indicando em que tipo de casa ele vivia ou que modelo de taça ele teria usado para beber vinho com seus discípulos) ou como era a religião judaica naquela época. Esse provavelmente é o caso de um misterioso texto do século 1 a.C., pintado numa pedra e analisado por Israel Knohl, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Em julho passado, Knohl apresentou sua interpretação do texto (o qual não está inteiramente legível e, por isso, tem de ser reconstruído hipoteticamente): ele mencionaria a morte e ressurreição de um Messias décadas antes do nascimento de Jesus. Ainda que a interpretação esteja correta, é difícil ver como ela mudaria nossa compreensão sobre as origens do cristianismo: afinal, um dos grandes argumentos dos seguidores de Jesus é justamente que seu retorno dos mortos já tinha sido previsto nas profecias judaicas.

Fonte:
G1.

Pesquisa sobre 'Jesus histórico' retrata Cristo mais humano, mas não ameaça fé - Parte 1

Anúncio do Reino de Deus, judaísmo e humildade marcam Nazareno.Evangelhos mesclam fatos e interpretações feitas por grupos cristãos.

Reinaldo José Lopes Do G1, em São Paulo

É um bocado irônico que o personagem mais influente da história humana também seja um dos mais misteriosos. Jesus de Nazaré não tem data de nascimento ou morte registrada com segurança (embora seja possível estimá-las com margem de erro de dois ou três anos); não deixou nada escrito de próprio punho (há até quem argumente que ele provavelmente era analfabeto); não restou um único artefato do qual se possa dizer com certeza que pertenceu a ele.

Os relatos de seus seguidores, escritos entre duas e seis décadas após a morte na cruz, falam com riqueza de detalhes de um período curtíssimo de sua vida adulta, elencando seus atos e ensinamentos, mas nos deixam no escuro sobre a maior parte de sua infância e adolescência, suas angústias pessoais e seu relacionamento com amigos e familiares.

A situação pode soar desesperadora ao extremo para um historiador que, sem recorrer à fé cristã, queira reconstruir a vida e a mensagem desse judeu singular. Mas a situação é menos complicada do que parece. Por um lado, é preciso reconhecer que os Evangelhos, principais narrativas sobre Jesus na Bíblia cristã, não são livros históricos no sentido moderno do termo. “Os textos dos Evangelhos, todos eles, são uma combinação de elementos históricos e interpretações feitas posteriormente no âmbito das comunidades cristãs", lembra o padre Léo Zeno Konzen, coordenador do curso de teologia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (RS).

Trocando em miúdos: os evangelistas (conhecidos entre nós pelos títulos tradicionais de Mateus, Marcos, Lucas e João) estavam tão preocupados em relatar o que tinha acontecido com Jesus e os apóstolos 50 anos antes quanto em tornar esses fatos relevantes para seu público, formado por cristãos nascidos depois que seu Mestre morrera na cruz. A boa notícia, porém, é que a leitura crítica e cuidadosa dessas narrativas é capaz de resgatar grande parte da vida terrena de Jesus.

O retrato que emerge desse esforço é, em certos aspectos, familiar para qualquer cristão, ao mesmo tempo em que humaniza o Nazareno. O chamado Jesus histórico é uma figura humilde, que põe sua mensagem - o anúncio da chegada do Reino de Deus - acima de qualquer preocupação com sua própria importância. Não se comporta como uma entidade superpoderosa ou onisciente. E coloca em primeiro lugar a história e o destino do povo de Israel, ao qual pertence. É um Jesus que pode ajudar os cristãos a repensarem a origem de sua própria fé - mas difícilmente é uma ameaça a ela, a menos que se acredite que todo versículo dos Evangelhos é verdade literal, como se fosse um filme do que aconteceu no ano 30 d.C.

Fonte: G1.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ridículo é pouco...


2009 - ANO DE DAVI: ANO DE CORTAR A CABEÇA DO GIGANTE !!

Essa espada tem uma história interessante: Estava numa luta com um gigante desde 2006 que me afrontava e paralisava minha vida financeira e no Ano de Ester enquanto o povo subia os degraus esse gigante me fazia descer. Nesse período, muitas vezes desejei que a minha luta fosse contra a carne e o sangue, porque seria muito mais fácil, e no final, se eu morresse a luta acabaria de qualquer forma...

Procurei na internet algo que simbolizava a minha luta e que me trouxesse uma mensagem de esperança quando achei essa espada e imediatamente me identifiquei com a história do Rei Davi.Fiquei surpreso e muito feliz sendo 2009 o Ano de Davi e imediatamente soube que esse seria meu ano. De uma forma apostólica fui me posicionando e lutando até colocar esse gigante numa situação dificil, mas precisava de uma estratégia que me permitisse esperar o tempo de Deus, e o Senhor me revelou no Jejum de Davi que aquela espada seria a minha pedra de escape, ou melhor, a pedra de Davi... Lancei a pedra, agora é só esperar o Gigante cair que a minha espada já está pronta !!!

Essa espada tem um simbolismo muito grande para o povo evangélico, em especial para a Renascer, devido ao enorme gigante que nos afrontou no inicio desse ano e que todos sabemos que vai cair, é só questão de tempo...

Assim como a Igreja Renascer, cada um de nós tem um Gigante pra derrubar e muitas vezes parece que isso nunca vai acontecer. Gostaria que essa espada traga a certeza de que os Gigantes se levantam para serem derrubados e que cada vez que você olhar para ela essa esperança se transforme em fé e que a fé se transforme em certeza de vitória !!! Essa é a marca do povo Apostólico !!

Tira do Jesus

Ganhei! Fui sorteado...


Vejam qual foi a minha surpresa ao acessar meu email:

Olá galera, Se vc estiver recebendo este e-mail, significa que vc foi sorteado na promoção do Mob de leitura referente ao mês de abril.

Veja a lista dos sorteados e seus prêmios no Pavablog

http://pavablog.blogspot.com/2009/05/livros-so-mudam-pessoas-28.html

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Meu prêmio foi a assinatura de um ano da Revista Ultimato.