As Crônicas de Gelo e Fogo

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Igreja nos EUA faz cultos para nudistas


Até o pastor reza como veio ao mundo na igreja, no estado da Virgínia.

G1/Mundo - Da BBC, em 25/02.


Uma igreja no Estado americano da Virginia (nordeste dos Estados Unidos) está causando polêmica ao receber fiéis nus. Até o pastor celebra o culto como veio ao mundo.

Na capela de Whitetail - uma comunidade nudista fundada em 1984, na cidade de Ivor, roupas são um item opcional.

"Eu não acredito que Deus se importe com a maneira como você se veste quando você faz suas orações. O negócio é fazer as orações", diz Richard Foley, um dos frequentadores.

Assista ao vídeo

Igreja de nudistas no estado americano da Virgínia. (Foto: BBC)
Mas, entre os que não fazem parte da congregação, a ideia de uma igreja nudista não agrada muito. Várias pessoas ouvidas nas ruas de Ivor se surpreenderam e disseram achar o conceito de uma igreja nudista desrespeitoso.

O pastor Allen Parker discorda: "Jesus estava nu em momentos fundamentais de sua vida. Quando ele nasceu estava nu, quando foi crucificado estava nu e quando ressuscitou, ele deixou suas roupas sobre o túmulo e estava nu. Se Deus nos fez deste jeito, como isso pode ser errado?"

Lucro
A comunidade nudista de Whitetail vai de vento em popa apesar dos tempos de crise. Segundo a administração do resort, mais de dez mil pessoas visitaram o local no último ano e os lucros subiram 12% no período.

Os visitantes dizem que ser nudista é algo libertador. Para eles, em um ambiente como este não há julgamento de classe social e todos ficam livres para ser quem realmente são.

Além disso, o clima seria de igualdade. Um frequentador exemplificou isso dizendo que, na comunidade, não é possível dizer quem está desempregado, quem é alto-executivo e quem é encanador.

"Aqui, todos participam, todos são compreensivos e preocupados com a comunidade e com a família. Temos uma das congregações mais ativas da região. Eu considero isso um presente de Deus e um privilégio", disse o pastor Parker.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Chá 'Santo Daime' tem pouco poder de causar dependência, diz especialista

Avaliação é de psicofarmacologista da Unifesp e membro do Conad.
Uso do chá foi regulamentado pelo governo federal em 26 de janeiro.


Iberê Thenório
Do
G1, em São Paulo

O chá alucinógeno ayahuasca, conhecido popularmente como “Santo Daime”, é empregado em rituais de várias religiões que surgiram na Amazônia e se difundiram pelo Brasil. A bebida ganhou destaque nos últimos dias por causa da regulamentação, pelo governo federal, do uso do chá em cerimônias religiosas, e despertou uma questão: é seguro, para a saúde, ingerir ayahuasca?

Para o médico Elisaldo de Araújo Carlini, a resposta é positiva. Consumido dentro de centros religiosos, o chá não apresenta grandes riscos. “É um uso aceitável, como o álcool”, explica. Segundo ele, há poucas chances de os bebedores do chá desenvolverem dependência. “As drogas alucinógenas que induzem alucinação mental têm pouco poder de indução de dependência. É muito diferente do crack, cocaína e heroína, por exemplo.”


A afirmação não é de um médico qualquer. Carlini é professor da prós-graduação (sic) em psicofarmacologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), área na qual fez mestrado na Universidade Yale na década de 60, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid) e membro do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad), que regulamentou o uso do ayahuasca.

De acordo com ele, manter a liberação e impor algumas regras ao ayahuasca foi uma decisão acertada do Conad. “Esse documento [que baseia a regulamentação] expressa um trabalho bastante longo, feito com bastante cuidado. Pensou-se muito a respeito”, diz Carlini.

Segundo o médico, o uso religioso é feito com cuidado. “Eles seguem padrões severos. A mistura tem que ser preparada adequadamente, e o próprio ritual controla qualquer alteração mental que possa acontecer. Os mestres são muito exigentes em coibir qualquer fuga da normalidade”.

Quem usa o chá, contudo, está exposto a algumas reações adversas. “A reação mais comum é náusea e vômitos. Pelos seguidores das religiões, isso é considerado como uma purificação do corpo. Mas não há medicamento que não tenha reação adversa. Não é por isso que a substância tem ou não que ser usada”, defende o professor da Unifesp, ressaltando que não há nenhuma pesquisa apontando que a ayahuasca cause algum tipo de lesão cerebral.

Preconceito

Para a antropóloga Beatriz Labate, que tem vários livros publicados sobre a ayahuasca, as religiões que usam o chá ainda são vistas com preconceito, e seus seguidores muitas vezes encarados como dependentes de drogas.

“Há relato de um hospital que não queria aceitar o sangue de doadores que pertenciam ao Santo Daime. E outro de norte-americanos com visto negado por afirmarem que participariam de rituais da União do Vegetal no Brasil. O próprio governo fez uma cartilha sobre drogas onde inseriu a ayahuasca como “alucinógeno”, o que é ofensivo para esses grupos, que consideram a substância um sacramento. Há, ainda, disputas judiciais de guarda de filhos entre pais separados, onde um tenta desmoralizar o outro acusando-o de ser de uma seita perigosa”, afirma a pesquisadora, que trabalha no Instituto de Psicologia Médica da Universidade de Heildelberg, na Alemanha.

De acordo com ela, a imagem negativa não corresponde à realidade dessas religiões. “Na década de 1980, quando membros do Conad foram pesquisar essas religiões pela primeira vez, viram que os grupos eram saudáveis e integrados. Encontraram uma comunidade em plena Amazônia – região com baixíssimo índice de desenvolvimento humano –, onde não há violência, prostituição ou alcoolismo. Em pesquisas mais recentes novamente foram colhidos relatos de melhoria da qualidade de vida, e de encontro com novos valores, mais fraternais e humanos”, relata Beatriz.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Elton John: 'Jesus era gay'

Por Redação Yahoo! Brasil

Em entrevista a revista norte-americana Parade, o música britânico Elton John, 62 anos, disse acreditar que Jesus era gay. "Acho que Jesus tinha muita compaixão, era um homem gay superinteligente que entendeu os problemas da humanidade".

"Jesus queria que nós amássemos e perdoássemos. Eu não sei o que faz as pessoas serem tão cruéis. Tente ser uma lésbica no Oriente Médio - é melhor estar morto", completou.

Na entrevista, Sir Elton John também contou como conheceu seu companheiro, David Furnish, 47 anos. "Senti-me atraído por David imediatamente. Ele estava muito bem vestido, era muito tímido. Na noite seguinte, nós jantamos. Depois disso, nos apaixonamos muito rápido", contou.

Elton John não foi a primeira estrela do mundo da música a proferir considerações não muito cristãs. Há 44 anos, John Lennon declarou que os Beatles eram mais populares que Jesus. No começo da década de 90, Madonna também causou polêmica ao beijar um santo no videoclipe da música "Like a Prayer" (
veja aqui).