As Crônicas de Gelo e Fogo

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

No tempo em que não éramos 'gospel'...

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Quando não éramos o mercado 'gospel', comprávamos bíblias para ler e estudar, e não para colecionar. Comprávamos CDs pela profundidade das letras e espiritualidade dos cantores, e não pela fama dos artistas. Abríamos novas igrejas para alcançar os que não conheciam a JESUS, e não por causa de uma nova visão que causou divisão. Cada pastor estudava a Bíblia e ouvia o Espírito Santo para pregar a cada semana, e não simplesmente reproduzia a mensagem pronta recebida do seu bispo ou apóstolo.

No tempo em que não éramos 'gospel', pastor ainda era respeitado e podia comprar a crediário. Não tínhamos bancada evangélica, que segundo a imprensa, só gera escândalos. Não precisávamos de prêmios para artistas e escritores de sucesso ou para igrejas que se tornaram famosas. No tempo em que não éramos 'gospel', o show ainda se chamava louvorzão, não cobrava ingresso e não precisava de camarote vip para os artistas.

(...) Conseguimos transformar Jesus em 'gospel', 'fashion' e 'pós-moderno' , mas ainda não conseguimos traduzir a Bíblia para todas as línguas em que ela não existe, nem reverter a corrupção neste país, nem causar um impacto transformador na sociedade.

Hoje os resultados da febre 'gospel' mostram gráficos cada vez mais animadores para os empresários. No entanto, no tempo em que não éramos 'gospel', os resultados para o Reino eram mais consistentes. Nesta era 'gospel' nos orgulhamos de ter milhares de igrejas e milhões de crentes, mas não nos envergonhamos da 'corrupção gospel'. Nos orgulhamos por estar no rádio e na tv, mas não nos envergonhamos por termos diminuído o número de missionários no Brasil e no mundo. Nos orgulhamos de estar mais próximos aos governantes para orar com eles, mas não nos envergonhamos de que um avivamento ainda não aconteceu em nossa nação por falta de oração e quebrantamento da nossa parte.

(...) vejo que a igreja evangélica brasileira se tornou grande e obesa, mas sem agilidade para provocar transformações. Ela corre o risco de girar em torno de si mesma.

(...)

Fonte: Adaptado do Sepal (via Missão Vide - texto completo).

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