As Crônicas de Gelo e Fogo

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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Discos tarja preta II

Em 04/12/2008.

Mais uma Musicais dedicada aos discos tarja preta. Alguns, dicas de leitores que ainda repercutem a primeira lista, publicada em outubro. Vamos lá!

“Good” – Morphine (1992): Essa foi a estréia do Morphine. Sua mistura de rock com jazz e a voz grave do baixista e vocalista Mark Sandman desmentem o título em músicas como “The Saddest Song” e “Do Not Go Quietly Unto Your Grave”. O fim de Mark não poderia ter sido mais melodramático. Teve um ataque cardíaco e morreu no palco, durante um show em Palestrina, na Itália, em 1999, aos 46 anos.

“MTV Unplugged – Alice in Chains” (1996): Mesmo desplugado o Alice in Chains soa denso, nervoso e incrivelmente melancólico mesmo em músicas como “Heaven Beside You”. Mas a versão de “Brother” é de dar arrepios. Este foi o penúltimo registro ao vivo da banda com o vocalista Layne Staley, um cara, que, segundo os amigos, tornou-se mais reclusivo nos últimos anos de vida. Aliás, sua vida terminou de forma melancólica e de certa forma trágica. Foi encontrado morto no dia 20 de abril de 2002 em seu apartamento no Distrito Universitário de Seattle. Segundo os legistas, a morte ocorreu no dia 5 do mesmo mês. Aí, eu pergunto: por onde andavam os amigos esse tempo todo?

“Degradation Trip” – Jerry Cantrell (2002): Jerry Cantrell é guitarrista, compositor e vocalista. Graças a ele, as músicas do Alice in Chais são o que são. Este disco nasceu após uma reclusão de quase quatro meses e é dedicado a seu ex-companheiro de banda, Layne Staley.

“O” – Damien Rice (2002): Esse irlandês é famoso por renegar o sucesso. Porém, graças ao seu disco-solo de estréia — ele já havia participado de uma banda, Juniper — caiu nas graças da MTV, Vh1 e inúmeras rádios em todo o mundo. “O” traz o sucesso “The Blower´s Daughter”, parte da trilha sonora do filme “Perto Demais” (Closer). Segundo o próprio Rice, este disco teve uma sonoridade mais acústica por pura falta de orçamento para fazer algo mais elaborado. Ele ficaria feliz se vendesse mil cópias. O disco ultrapassou a marca dos 2 milhões. Melancolia produtiva.

“In Flight” – Linda Perry (1996): A voz do 4 No Blondes, Linda Perry, foi vítima de muitos boatos após a banda se separar com apenas um disco lançado. Ela morreu tantas vezes que eu perdi a conta. Mas ela está viva, e muito viva. Hoje é uma das produtoras e compositoras mais procuradas pelas divas pop do momento e foi co-responsável pela explosão de um jovem chamado James Blunt. Em “In Flight” ela exorcizou seus demônios.

A Tempestade (ou O Livro dos Dias) – Legião Urbana (1996): A Tempestade também da nome àquela que foi considerada a última peça de Willian Shakespeare. No Brasil, “A Tempestade” foi o último disco da Legião Urbana lançado com Renato Russo, o maior poeta da música brasileira, em vida. “A Via Láctea” e “Natália”, entre outras, trazem versos que cortam como uma navalha invisível e retratam a angústia de Renato, que tinha aids e morreu em decorrência de complicações da doença. Foi a única canção em que Renato chegou a gravar a voz definitiva. O disco foi lançado em setembro, Renato faleceu em outubro. Com exceção de “1o de Julho” e “Via Láctea”, o disco foi lançado com a gravação apenas da voz guia. Geralmente, é feita a gravação definitiva, o que Renato preferiu não fazer.

*Por Adreana Oliveira - editora
adre@correiodeuberlandia.com.br

Veja a primeira lista: Discos tarja preta.

Fonte: Musicais (Correio de Uberlândia).

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