As Crônicas de Gelo e Fogo

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Os evangélicos


Este não é um livro especificamente para o público evangélico. É um livro para todos aqueles que queiram conhecer mais sobre a História da religiosidade do povo brasileiro como manifestação cultural, seja apreendida de fora, dos missionários europeus e norte-americanos, ou expressão de uma determinada região. É didático, portanto, de fácil entendimento.

Resultado de pesquisas da socióloga Clara Mafra, versa sobre a história dos evangélicos no Brasil desde a chegada do missionário presbiteriano Ashbel Green Simonton, em 1859 no Rio de Janeiro, passando pelos pentecostais da primeira onda, a fundação da Congregação Cristã (1910) e a Assembléia de Deus (1911), e pela segunda onda do pentecostalismo com a fundação da Igreja do Evangelho Quadrangular (1953), O Brasil para Cristo (1955), até desembocar na terceira onda com as igrejas neopentecostais puxadas pela Igreja Universal do Reino de Deus (1977) do bispo Edir Macedo.

Segue abaixo um trecho da Introdução:

“Bíblia, crente, acatólico, bode, protestante, histórico, missionário, povo avivado, pentecostal, neopentecostal, missa-seca, pentecostal autônomo, renovado, escolhido de Deus, evangélico progressista.

Boa parte da literatura sobre os ‘evangélicos’ no Brasil se detém sobre a questão que a lista anterior levanta: como classificar a diversidade de seguidores de uma religiosidade cuja origem remonta à Reforma – quais são os agrupamentos, sua origem, suas tendências, seus valores, sua legitimidade social, os segmentos que devem ser excluídos, sua atuação política. Os desacordos são muitos, entre quem classifica, entre quem é nomeado e entre uns e outros, num campo saturado de mal-entendidos e desacordos. Mas se os critérios de classificação são muitos e ensejam uma disputa nominativa interminável, podemos nos apegar à história, onde, ao menos nos últimos anos, dada a visibilidade pública que esse segmento religioso ganhou na opinião pública, se forjou um certo consenso referendando o termo ‘evangélico’ como categoria abrangente.” (página 7)

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