Metrópolis é considerado por muitos, senão pela maioria, como um marco na produção cinematográfica de ficção científica. Mais um clássico produzido por Fritz Lang.A ambientação da película se dá em uma cidade futurística, século XXI, ano 2026 – já ouvi comentários de que Metrópolis foi uma influência na composição do cenário de Blade Runner – O caçador de andróides, não sei, mas faz sentido –, que apesar do progresso, as contradições, a dualidade burguesia X proletariado está presente do início ao fim. O que será que Lang estava querendo dizer? Será que ele estava “profetizando” que, apesar da Revolução Russa – a película é de 1927 –, do socialismo ganhar rosto, tomar forma, o capitalismo prevaleceria e permaneceria robusto ainda por muitos e muitos anos?
Voltando ao filme, enquanto uma sociedade progressista habita a mega-cidade, o funcionamento da mesma se dá em algo parecido com catacumbas – igual às romanas. Temos duas sociedades bem definidas. Exploradores (cabeça) e explorados (mãos). E no meio da bagunça, uma esperança, quase messiânica, em que aguarda-se a vinda de um mediador. Daí o epigrama: “O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração”.Podemos dizer que algumas coisas, poucas aliás, parecem ser ou ter sido feitas para permanecerem atuais mesmo com o passar do tempo. Metrópolis é uma delas. Vale a pena conferir.
Mais: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=168, http://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolis_(filme)
Viajando um pouco mais: dá pra notar uma semelhança entre a Metrópolis e a torre acima e Gothan City com a Torre Wayne, de Batman - Begins? A inspiração da torre - de Metrópolis - foi na famosa obra Torre de Babel do pintor flamengo Pieter Brueghel, do século XVI.
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